A final da Taça Guanabara vale mais que a decisão do primeiro turno do Campeonato Carioca para Vasco e Fluminense, que se enfrentam neste domingo, às 16 horas, no Engenhão. Além do prestígio da conquista, que tem status de título no Rio de Janeiro, a partida é crucial para o bom andamento do planejamento dos rivais para o primeiro semestre. Vencer o turno significa garantir uma vaga antecipada em uma eventual final do Estadual. Como os dois clubes se encontram na disputa paralela da Copa Libertadores, seria de suma importância poder privilegiar a competição continental.
A vitória no clássico permitiria aos treinadores Abel Braga, do Fluminense, e Cristóvão Borges, do Vasco, poupar atletas e testar outros na Taça Rio (segundo turno do Estadual). Mesmo que os comandantes evitem fazer projeções e preguem o foco absoluto no confronto deste domingo.
O Vasco chega com mais confiança para a decisão, tendo vencido todos os jogos que disputou no torneio até aqui. O Fluminense precisou de uma vitória do rival para chegar às semifinais, depois de caminhada irregular na fase de classificação. Mas agora tanto Abel Braga quanto Cristóvão Borges apostam em equilíbrio. "O Vasco está invicto e é o melhor time do Rio. Mas esses dados não garantem a vitória para eles. Não há favorito", opinou Abel Braga, que tem dúvidas para definir a escalação.
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O atacante Wellington Nem sofre com dores no tornozelo direito e corre risco de não jogar, assim como o volante Edinho. O reserva Araújo deve ser preservado, com dores na coxa direita. As prováveis alterações entre os titulares, se confirmadas as ausências, são Rafael Sóbis, no ataque, e Jean, na cabeça de área.
Sem problemas semelhantes, o técnico vascaíno se preocupa apenas em viver sua primeira final desde que assumiu o comando técnico da equipe, após o Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido por Ricardo Gomes, em 2011. "Mesmo que seja a decisão de um turno, é bom ter no currículo e eu vou comemorar (como título) se ganhar", comentou.
Um duelo interessante a ser observado no clássico será entre os dois camisas 9. Pelo lado tricolor, Fred não vive seu melhor momento, com apenas dois gols no ano. Comandando o ataque vascaíno, Alecsandro balançou as redes em nove oportunidades. Em todos, tocou apenas uma vez na bola. "O jogador que veste a camisa 9 tem que se provar em todos os jogos. Enquanto estiver fazendo gols, a torcida vai me amar. Os torcedores precisam entender que o nove não tem que ser craque ou dar toque de letra. Tem que fazer gols", discursou Alecsandro.