A vitória do Vasco sobre o Lanús, por 2 a 1, na quarta-feira à noite, no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, deveria ser celebrada. Mas o clima em São Januário, nesta quinta, era de desconforto com as vaias da torcida direcionadas ao técnico Cristóvão Borges, pela substituição do meia Felipe pelo volante Fellipe Bastos no instante em que a equipe sofreu o gol dos argentinos.
Ao fim do jogo, os atletas fizeram questão de esperar Borges no centro do campo e caminhar para o vestiário ao lado do treinador, para demonstrar total apoio ao comandante, pressionado pelas derrotas nas duas decisões de turno do Campeonato Carioca.
"Lamentável (as vaias). A torcida tem que dar um pouco mais de crédito para o Cristóvão, porque ele assumiu a equipe em um momento de pressão e deu conta do recado", disse o atacante Eder Luís, ao Sportv. "Pode ter certeza que vamos dar todo o apoio para ele".
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Sempre questionado em momentos de revés por ter assumido o time após o AVC do técnico Ricardo Gomes, Borges se diz tranquilo e confiante na sua permanência no clube. Ele criticou a manifestação dos vascaínos. "Tudo que se faz com o Juninho Pernambucano e o Felipe, o torcedor reclama. Principalmente se o time estiver ganhando".
Para o jogo da volta, dia 9, em Buenos Aires, o treinador estuda mudanças na equipe. É provável que opte por um esquema mais cauteloso, deixando Felipe ou Juninho no banco.
O zagueiro Dedé deu leve corrida ao redor do gramado, nesta quinta. Ele se recupera de um edema ósseo na fíbula da perna direita e a expectativa é de que possa reforçar o time no confronto decisivo contra os argentinos.