A enfermeira Tânia Regina da Silva, que perdeu três dedos da mão direita, após o coletivo onde estava ser atacado por torcedores do Coritiba, segue sem ajuda do clube paranaense que retornará ao seu estádio, o Couto Pereira, neste sábado, às 15h50, contra a Portuguesa, pela Série B do Brasileirão após o fim da punição imposta devido ao quebra-quebra promovido por membros de sua torcida dentro do estádio.
Em entrevista à Rádio Banda B, a vítima informou que recebeu duas camisas da agremiação e promessas. "Eles me deram duas camisas e me disseram para ficar tranquila que iriam me procurar. Até hoje, ninguém fez nada", disse Tânia.
O fato ocorreu no dia seis de dezembro do ano passado quando o time alviverde foi rebaixado para a Segunda Divisão Nacional. Após a queda, torcedores jogaram uma bomba em um coletivo onde Tânia estava. "Eu só senti aquele negócio quente no meu colo e quando abri as pernas ele caiu perto dos pés da minha mãe, pequei pra jogar fora e explodiu. Eu mesma fiz os primeiros procedimentos na mão. O motorista continuou seguindo como se não acreditasse que algo grave pudesse ter acontecido", relembrou Tânia à Banda B.
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Conforme ela relatou, Tânia foi de ônibus, com a mão enrolada numa jaqueta, até um posto do Corpo de Bombeiros de onde foi levada para o Hospital Evangélico onde permaneceu por uma semana internada.
Para retornar ao trabalho, a enfermeira precisa colocar uma prótese na mão, que custa em torno de R$ 10 mil. "Eu amo o que faço e gostaria de continuar trabalhando como enfermeira, mas sem parte da mão direita não consigo fazer as atividades plenamente. Só peço ajuda para voltar a trabalhar", desabafou.