O dia 20 de fevereiro de 2013 será ficará guardado na memória do atacante Barcos por muito tempo. Ele não fez gols, mas foi decisivo para a goleada do Grêmio diante do Fluminense no Engenhão ao participar dos três gols do Tricolor gaúcho no duelo, válido pela segunda rodada do Grupo 8 da Copa Libertadores. E tudo isso chegando ao Rio de Janeiro um dia antes do jogo e tendo de conviver com o falecimento do cunhado.
Após o jogo, o candidato a ídolo gremista - ele garante faltar muito para alcançar tal status - comentou sobre os seus últimos dias e ainda revelou como tomou a decisão de se colocar à disposição do técnico Vanderlei Luxemburgo para o jogo.
- É muito ruim perder um familiar, é algo horrível. Fui lá para ajudar, a ideia era salvar meu cunhado, mas não deu. Temos de juntar forças todo mundo. Não posso cair em um fosso, pois não adianta nada. Temos de ser fortes, tem que ter força. Falei muito com minha família, com minha esposa, meu irmão.
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Decidi ir para o jogo, pois amo o futebol e não queria perder um jogo como esse - destacou o camisa 28, em entrevista coletiva.
- Sou profissional. Meu trabalho é assim, diferente de tudo. Sem falar no respeito ao Grêmio, um clube que fez muito esforço para me contratar e fazer com que eu ficasse com a minha família.
Barcos havia sido liberado pelo Grêmio no último domingo, logo após tomar conhecimento do acidente de carro envolvendo o seu cunhado. Com isso, ele não enfrentou o Veranópolis, pelo Campeonato Gaúcho, no mesmo dia e perdeu o último treino do Grêmio antes do jogo contra o Fluminense, realizado na terça, no campo anexo do Engenhão.
Ele voltará para Buenos Aires, pois o corpo do seu cunhado ainda não havia sido liberado para o enterro e deve retornar a Porto Alegre nesta sexta.