Três dias após Neymar ter R$ 188,8 milhões bloqueados por acusações de sonegação de imposto, seu empresário, Wagner Ribeiro, usou as redes sociais para dar um conselho ao pai do atacante: "Pega tua grana, manda tudo pra paraísos fiscais, legalmente é claro. Para com essa mania de pagar imposto no Brasil!! Fecha tuas empresas, o Instituto na Praia Grande e vai curtir a vida nas praias do Mediterrâneo. Você e sua família", disse o agente, através de sua conta no Instagram.
Na publicação, Ribeiro ainda afirmou que teria sido melhor se o camisa 11 do Barcelona tivesse ido para o Real Madrid e se naturalizado espanhol. "Deixa o Neymar jogar mais uns aninhos... e que ele encerre a carreira na Europa, preferencialmente no Real Madrid", declarou o empresário.
Na sexta-feira passada, a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 188,8 milhões de Neymar e de empresas ligadas ao jogador do Barcelona. O desembargador federal, Carlos Muta, entendeu que o bloqueio deve ser feito porque a dívida tributária do atacante com o fisco ultrapassa 30% do patrimônio conhecido do grupo, que é de R$ 244,2 milhões.
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No mesmo dia, o pai de Neymar se defendeu da acusação de sonegação. Para ele, houve uma interpretação "equivocada" sobre quem é o responsável por pagar os tributos do ganho do atleta. A empresa Neymar Sport e Marketing avalia que ela mesma deveria ser responsável pelo recolhimento dos impostos dos ganhos de direito de imagem do atleta, e não o próprio Neymar, como pessoa física.
O bloqueio dos bens irritou o empresário Wagner Ribeiro, para quem o pai de Neymar agiu sempre dentro da lei. "[Você] Planejou a carreira do Juninho dentro de campo e publicitariamente, constituiu empresas para isso. Tudo dentro da lei. Fez tudo certo e esse foi seu erro", disse Wagner Ribeiro, referindo-se a Neymar filho como "Juninho". "Toda a grana que ganham é 'nacionalizada e carimbada' quando entra no País. Mania de ser 'brasileiro' que tua família tem..."
Na avaliação de Ribeiro, Neymar deveria ter se naturalizado espanhol para defender o Real Madrid. "Você nunca topou 'pagar' para o Juninho jogar. Decidiu atender a vontade 'infanto-juvenil' dele e voltar pro Brasil em vez de jogar no Real Madri (hoje atua no seu rival!!)", afirmou o empresário, se dirigindo ao pai do jogador.
Ribeiro ainda insinuou que a Fazenda Nacional teria bloqueado o dinheiro porque Neymar pediu votos para Aécio Neves na última eleição presidencial, no ano passado. "De forma honesta, [Neymar Jr] manifestou apoio ao candidato derrotado nas últimas eleições a presidente."
"Mas se você tivesse agido diferente, não tivesse brigado com empresário (e bajuladores), tivesse ficado em Madrid e o Juninho tivesse se naturalizado espanhol e tivesse se recusado a apoiar quem sua consciência mandava, esses caras não estariam contra você", declarou, sem indicar quem seriam "esses caras".