Ex-capitão do Corinthians e um dos principais líderes do time nos últimos anos, o zagueiro Chicão caiu em desgraça nesta temporada. De titular absoluto, o defensor foi para a reserva e agora sequer vem sendo aproveitado pelo técnico Tite. Barrado antes do clássico contra o São Paulo, no dia 21 de setembro, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro, ele não mais recuperou seu espaço na equipe.
A má fase de Chicão provocou rumores nos últimos dias de que ele e o atacante Jorge Henrique poderiam entrar como moedas de troca em uma negociação para contratar o meia Montillo, do Cruzeiro, um dos reforços pretendidos pelo clube paulista para a próxima temporada. Nesta sexta-feira, porém, o jogador negou que exista essa possibilidade e garantiu que pretende continuar no Parque São Jorge.
"Com todo o respeito ao Cruzeiro, se o Corinthians quiser o Montillo vai ter de pagar por ele. Tenho mais dois anos de contrato e quero cumprir", ressaltou Chicão, em entrevista à TV Bandeirantes, na qual enfatizou que irá lutar para reconquistar a condição de titular e para buscar novos títulos - ele foi campeão da Série B do Campeonato Brasileiro, em 2008, e no ano seguinte faturou o Paulistão e a Copa do Brasil.
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"Eu tenho que procurar o meu espaço. Já fiz bastante para o clube, mas quero continuar fazendo. Não sou jogador de ficar acomodado e quero fazer história pelo clube", acrescentou o defensor.
Chicão ainda deixou claro que respeita a decisão tomada por Tite de manter Paulo André como titular, apesar de em setembro ter se recusado a ficar no banco de reservas no clássico contra o São Paulo. Na época, ele acabou sendo afastado de alguns jogos para recuperar a sua melhor condição física e técnica, antes de voltar a ser relacionado como reserva para outros duelos.
Ao comentar o fato de que o lateral-direito Alessandro passou a ser o capitão corintiano e poderá ter a chance de ser o primeiro jogador a levantar a taça do Brasileirão se o Corinthians seguir na liderança nas duas rodadas finais da competição, Chicão disse que encara a situação com naturalidade. "Sinceramente, não pensei nisso, pensei no sucesso do grupo. O Tite optou pelo Paulo (André), que é um grande amigo meu, e que conquistou o seu espaço. Mas eu vou continuar em busca do meu espaço", completou.