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Vôlei masculino

Após prata, Bernardinho pede tempo para decidir futuro

Agência Estado
12 ago 2012 às 14:40

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Após conquistar uma amarga medalha de prata diante da Rússia na final do vôlei masculino da Olimpíada de Londres, na qual o Brasil chegou a ter dois match points no terceiro set, Bernardinho revelou que pediu cerca de 20 dias para definir o seu futuro como técnico da seleção brasileira. Neste período, ele decidirá se continuará ou não no comando do time que assumiu em 2001, quando iniciou o período mais vitorioso da história do País na modalidade.

Bernardinho vem conciliando há um bom tempo o seu trabalho na seleção com o de técnico da equipe feminina do Unilever, com quem ele tem contrato até abril do ano que vem. Ele admite que agora é o momento de o Brasil contar com um técnico que se dedique em 100% à seleção, pois será iniciado um trabalho de renovação visando o ciclo que culminará nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

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O atual comandante da seleção acumulou três finais seguidas das duas competições mais importantes do vôlei, tendo sido tricampeão mundial com os títulos de 2002, 2006 e 2010, além de campeão olímpico em Atenas/2004 e medalhista de prata em Pequim/2008 e Londres/2012. E ele viu o seu segundo ouro em olimpíadas escapar por pouco neste domingo, no qual creditou a derrota de virada ao "domínio físico" dos russos a partir do terceiro set do confronto.

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"A partir do terceiro set vários de nosso jogadores começaram a sofrer com lesões. Murilo no ombro, Dante no joelho, Sidão no cotovelo, sem contar o (Leandro) Vissotto, que nem pôde jogar", afirmou Bernardinho, lembrando da lesão muscular na virilha sofrida pelo ponteiro nas quartas de final, contra a Argentina, que acabou deixando o atleta fora da semifinal diante da Itália e da decisão contra os russos.

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Para completar, o treinador brasileiro exaltou a grande atuação de Dmitriy Muserskiy, que fez 31 pontos e acabou sendo decisivo ao passar a atuar na função de oposto no decorrer do confronto. "Além disso (dos problemas com lesões), o cara começou a bater de todo jeito", disse.


E, embora não tenha ficado satisfeito com a prata, Bernardinho mostrou certo conformismo com o segundo lugar no pódio ao ressaltar que, antes da Olimpíada, o Brasil não era tido como favorito a uma medalha em Londres, tendo em vista a campanha ruim realizada pelo país na última Liga Mundial.

"Nenhum prognóstico dava o Brasil como medalhista. Falavam de Estados Unidos, Polônia, Rússia, mas nada do Brasil", disse o treinador, para depois acrescentar: "Mesmo assim, tivemos uma participação importante, conseguindo chegar à final".


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