Depois da vitória nesta segunda-feira, que o colocou nas semifinais do peso médio (até 75kg) e já lhe garantiu uma medalha olímpica, Esquiva Falcão Florentino comemorou o momento histórico para o boxe brasileiro. Com a campanha em Londres, incluindo a performance dele e a de Adriana Araújo nos leves (até 60kg), o Brasil acabou com um jejum de 44 anos sem pódio na modalidade, desde o bronze de Servílio de Oliveira nos Jogos de 1968.
"Começa uma nova era no boxe brasileiro. A minha vitória e da Adriana é resultado da evolução do boxe", afirmou Esquiva, após superar o húngaro Zoltan Harcsa por 14 a 10 nas quartas de final. Como não há disputa de terceiro lugar na modalidade, os quatro pugilistas que chegam às semifinais já garantem medalha - resta saber qual será. Agora, portanto, ele vai lutar pelo ouro, começando pelo confronto de sexta-feira.
"Eu quero o ouro, me preparei para ganhar o ouro. Se eu não ganhar o ouro, vou ficar feliz com a medalha", afirmou Esquiva, que enfrentará o britânico Anthony Ogogo nas semifinais. "Lutei uma vez contra ele e venci. Sei que ele vai ter a força da torcida, mas isso não me incomoda. Vou lutar no contra-golpe, deixar ele vir para cima", contou o brasileiro, que tem 22 anos e foi medalhista de bronze no último Mundial de Boxe.
Enquanto ele volta a lutar apenas na sexta-feira, Adriana Araújo faz a sua semifinal já nesta quarta, quando enfrenta a russa Sofya Ochigava para tentar ir à final de sua categoria. Além dos dois, o boxe brasileiro ainda tem mais um representante vivo na disputa dos Jogos de Londres: Yamaguchi Falcão Florentino, irmão mais velho de Florentino, encara as quartas de final da categoria meio-pesado (até 81kg) também na quarta.