Os Estados Unidos ampliaram o domínio na natação mundial nesta edição dos Jogos Olímpicos, enquanto a Austrália decepcionou na modalidade encerrada neste sábado. As maiores surpresas foram China e França, que ocuparam a segunda e a terceira colocações no quadro de medalhas da natação.
A delegação norte-americana passou de 12 para 16 ouros em Londres, em comparação a Pequim/2008. No total, a diferença foi de apenas uma conquista, de 30 para 31. Somente neste sábado foram dois primeiros lugares, nos revezamentos 4x100 metros medley.
O grande destaque da equipe foi, mais uma vez, Michael Phelps. O supercampeão somou o maior número de pódios da natação em Londres, com quatro outros e duas pratas. De quebra, ele se tornou o maior medalhista da história das olimpíadas, com 22, superando as 18 da ginasta russa Larisa Latynina.
Depois de Phelps, quatro nadadores somaram cinco medalhas, três deles dos Estados Unidos: Ryan Lochte, favorito a ser o maior vencedor da delegação em Londres, Missy Franklin, a jovem promessa da equipe, além de Allison Schmitt. A australiana Alicia Coutts também acumulou cinco pódios e foi a responsável pelo único ouro da sua delegação.
Alicia foi uma das poucas nadadores da Austrália que não decepcionou no Centro Aquático de Londres. Segunda colocada geral em Pequim, com 20 medalhas, a delegação australiana foi apenas a sexta colocada em solo britânico, com apenas 10.
Enquanto a Austrália decepcionava, a China mostrava força, principalmente com os recordistas Sun Yang e Shiwen Ye. Cada um faturou duas medalhas de ouro. Com estes desempenhos individuais, a China passou de sétimo em Pequim, com 6 no total, para o segundo lugar em Londres, com 10.
Outra surpresa foi a França. Com sete medalhas, sendo quatro de ouro, a equipe europeia foi a terceira colocada no quadro de medalhas da natação. Em Pequi, ocupou apenas o nono lugar, com seis medalhas, sendo apenas um título olímpico. Foi da delegação francesa que vieram alguns dos resultados mais surpreendentes: Florent Manaudou venceu os 50 metros livre e Yannick Agnel se sagrou campeão nos 200 metros livre.
A disputa da natação nos Jogos de Londres também foi marcada pela queda no números de recordes mundiais. Foram apenas 9 (seis deles no feminino), contra 25 da Olimpíada de Pequim. A redução se explica em parte pela proibição do uso dos supermaiôs pela Federação Internacional de Natação no início de 2010.
Apesar da queda no número de recordes, a competição em Londres contrariou a expectativas de que novas marcas levariam mais tempo para serem superadas. Entre os recordistas desta edição dos Jogos, o principal destaque é a americana Rebecca Soni, que superou por duas vezes a melhor marca dos 200 metros peito, em um intervalo de apenas 24 horas, nas semifinais e na decisão da prova.