A seleção dos Estados Unidos de futebol feminino sofreu como nunca, mas garantiu a vaga na decisão da Olimpíada de Londres ao bater o Canadá por 1 a 0 na prorrogação, após empate por 3 a 3 no tempo normal, no estádio Old Trafford, em Manchester. O gol da dramática classificação foi marcado por Morgan, nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação.
Com o resultado, as norte-americanas mantiveram os 100% de presença em finais olímpicas. Em quatro participações nos Jogos, o time faturou três vezes a medalha de ouro e uma vez a de prata.
O adversário dos Estados Unidos na decisão será o Japão, que venceu a França por 2 a 1, também nesta segunda. Será a reedição da final do Mundial de 2011, na Alemanha, em que as asiáticas ficaram com o título nos pênaltis, após empates por 1 a 1 no tempo regulamentar e também por 1 a 1 na prorrogação. A revanche está marcada para esta quinta, no estádio de Wembley.
A dificuldade que o Canadá impôs às norte-americanas nesta segunda foi uma surpresa, já que o time foi eliminado do último Mundial com três derrotas na primeira fase. As canadenses abriram o placar aos 22 minutos do primeiro tempo. Sinclair recebeu de Tancredi, limpou a marcação e bateu à direita da goleira e musa Hope Solo.
O primeiro empate norte-americano veio aos 8 minutos da etapa final, com um gol olímpico de Rapinoe, contando com a colaboração da zaga canadense e da goleira McLeod.
O jogo ficou aberto e teve uma sequência de três gols em quatro minutos. Aos 22, Sinclair aproveitou cruzamento de Tancredi e cabeceou para fazer 2 a 1. Logo na sequência, Rapinoe acertou um chute cruzado e igualou para as norte-americanas. Mas Sinclair estava inspirada e ganhou da zaga americana para recolocar o Canadá em vantagem, aos 26.
Os Estados Unidos se lançaram ao ataque. Aos 32 minutos, Rapinoe cobrou falta na área e a árbitra marcou pênalti em toque da bola no braço de Nault. Wambach cobrou dois minutos depois e decretou novo empate.
No primeiro tempo da prorrogação, as equipes se fecharam e nenhuma boa oportunidade foi criada. Mas as norte-americanas pressionaram na etapa final e já poderiam ter selado a vaga aos 14 minutos, quando Wambach subiu mais que a zaga canadense e cabeceou no travessão. A sofrida classificação veio nos acréscimos, aos 19, com Morgan, que cabeceou sem chance de defesa para McLeod.