A intensa pressão da Coreia do Sul nos primeiros 20 minutos da semifinal da Olimpíada de Londres não surpreendeu o técnico da seleção brasileira. Mano Menezes disse na entrevista coletiva após a vitória por 3 a 0 que já sabia que os asiáticos partiriam para o ataque no começo do jogo e que seria fundamental não sofrer gols nesse período.
"Nós tivemos muita dificuldade no começo, que é uma coisa que já esperávamos por causa da agressividade dos coreanos. Aos poucos nós fomos retomando a normalidade e aí fizemos um gol num momento muito importante, que foi no finzinho do primeiro tempo", disse o técnico, em referência ao gol marcado por Rômulo aos 37 minutos, após contra-ataque puxado por Oscar.
Segundo o treinador, sua principal preocupação no intervalo do jogo foi corrigir o sistema defensivo brasileiro. "Depois voltamos com uma ideia clara de retardar a nossa marcação, para não dar espaço entre as nossas linhas, que foi um problema do primeiro tempo", revelou.
Mano também explicou que barrou Hulk para a entrada de Alex Sandro com a intenção de melhorar a mobilidade do ataque da seleção. "Contra Honduras [nas quartas de final] o time ficou com três atacantes muito fixos e isso facilitou a linha de quatro [defensores] deles. Eu sabia que a Coreia também jogava em linha de quatro e precisava de mais versatilidade. Não funcionou bem no primeiro tempo, mas no segundo nós tivemos essa versatilidade", analisou.
O técnico deu a entender que pode mexer mais uma vez na escalação da equipe para a final, no sábado, contra o México. O Brasil disputou as cinco partidas da Olimpíada com cinco formações diferentes. "Vamos comemorar a classificação e depois estudar como chegamos até aqui, o que fizemos de mais importante nessa trajetória e ver o que nós devemos manter."