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Na África do Sul

Amigo diz que Oscar Pistorius 'tinha grande amor por armas'

Agência Estado
11 mar 2014 às 13:37

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Um amigo de Oscar Pistorius afirmou nesta terça-feira, no sétimo dia do julgamento do sul-africano pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp, que o atleta paralímpico tinha paixão por armas de fogo e disparou com uma, enfurecido, após ser parado pela polícia por excesso de velocidade e também em outro momento dentro de um restaurante.

Os dois incidentes aconteceram antes da morte da modelo em 14 de fevereiro de 2013. No primeiro, no final de 2012, de acordo com o depoimento de Darren Fresco, Pistorius se irritou após o policial que o parou tocar na sua arma. "Você não pode tocar na arma de outro homem. Agora, sua impressão digital está na minha arma toda. Então se acontecer alguma coisa, você será o responsável", disse o atleta paralímpico, segundo Fresco.

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Depois, então, ele disparou sem qualquer aviso, pelo teto solar do carro. "Sem aviso prévio, ele atirou pelo teto solar", disse Fresco, que, em seguida, declarou ter questionado se Pistorius era "louco". "Ele apenas riu", disse Fresco. "Mas senti como se minha orelha estivesse sangrando".

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No segundo incidente, de acordo com Fresco, Pistorius deu um tiro embaixo da mesa de um restaurante. E, segundo o depoimento, o atleta paralímpico pediu para que seu amigo assumisse a responsabilidade pelo disparo, no início de 2013, cerca de um mês antes da morte de Reeva.

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"Antes de conhecê-lo, sabia que praticava tiro esportivo. Eu sabia que ele tinha um grande amor por armas... Minha suposição era de que ele tinha competência", disse Fresco, no tribunal. Ele declarou que assumiu a responsabilidade pelo incidente para evitar uma repercussão maior.


O depoimento de Fresco corrobora grande parte do depoimento outras duas testemunhas, que confirmaram os dois casos. Além de julgar Pistorius pelo assassinato de Reeva, os dois incidentes também estão sendo analisados pelo tribunal, assim como uma acusação de porte ilegal de munição.

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Também nesta terça-feira, em depoimento anterior, a defesa de Pistorius questionou Gert Sayman, responsável pela autópsia de Reeva. Saayman afirmou que, a julgar pelo conteúdo de alimentos em seu estômago, Reeve provavelmente se alimentou pela última vez duas horas antes da sua morte, que aconteceu às 3 horas. Pistorius, porém, defende que estava com a modelo no quarto a partir das 22 horas.


Além disso, o legista declarou que a quantidade de urina na bexiga de Steenkamp no momento da sua morte era o equivalente a aproximadamente uma colher de chá. Pistorius afirma que a modelo se levantou durante a madrugara para ir ao banheiro, enquanto os procuradores dizem que ela foi para o local após uma discussão com o atleta paralímpico.

Pistorius, o primeiro paratleta a competir na Olimpíada, é acusado de ter premeditado o assassinato de Reeva. O sul-africano diz que a morte foi acidental, porque ele pensou que se tratava de um ladrão quando atirou através da porta do banheiro da sua residência.


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