Antes mesmo de receber o resultado da contraprova do exame de antidoping, Anderson Silva decidiu se pronunciar sobre o resultado positivo para os esteroides anabolizantes drostanolona e androsterona e garantiu que não se dopou. "Eu não usei nenhuma substância de aumento de performance. Minha posição sobre drogas continua sendo e sempre será a mesma. Eu advogo por um esporte limpo. Estou competindo há muito tempo, essa foi minha 19.ª luta no UFC. Passei por muitos exames durante esse período e nunca dei positivo para nenhuma substância", afirmou o brasileiro.
Para se proteger, o estafe do lutador já está recrutando uma equipe de advogados em Las Vegas para defender o lutador em julgamento disciplinar. A Comissão Atlética do Estado de Nevada vai ouvir o brasileiro no próximo dia 17 e ele pode receber uma suspensão de nove meses a um ano, além de multa, caso seja considerado culpado. "Estou fazendo consultas junto com minha equipe para explorar as opções que tenho e pretendo lutar contra essa alegação para limpar meu nome. Eu não vou fazer mais nenhum comentário até que receba qualquer indicação da minha equipe", continuou o atleta.
A demora para publicação do resultado é objeto de críticas dos fãs e outros lutadores. O chefe da Comissão Atlética de Nevada, Francisco Aguilar, diz que teria cancelado a luta se soubesse antes do resultado. Tanto a Comissão como o UFC dizem que só tomaram conhecimento do resultado na última segunda-feira. Como o UFC 183 arrecadou US$ 4,5 milhões, sem contar outros lucros com patrocinadores e venda de assinaturas pagas para ver o combate, especula-se que a divulgação teria sido "segurada" para evitar prejuízos e não estragar o retorno do brasileiro ao octógono após 399 dias.
Leia mais:
Londrina Bristlebacks busca título Brasileiro no futebol americano
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
Corrida Pedestre reúne mais de 400 participantes em Alvorada do Sul
Hortência diz que não trabalhará no COB e pede mudança profunda no basquete
Mas Daniel Eichner, diretor executivo do laboratório SMRTL, garante que é bobagem achar que houve uma atitude deliberada para adiar o resultado do exame. "Nós somos independentes e não temos conhecimento de quem está sendo testado. Recebemos uma amostra biológica, que vem por correio para gente. Então colocamos no sistema, mas vale lembrar que a análise é feita por uma numeração, o que garante o sigilo de quem está sendo analisado. Então não temos ideia de quem é a amostra e a que evento se refere. Muitas vezes essas análises levam um tempo para serem feitas", explicou, em entrevista para o site Yahoo! Sports.