Embora tenha anunciado que a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) aumentará os recursos para obras de dragagem no Rio de Janeiro, "para ver se conseguimos em 10 ou 15 anos ter uma cidade menos sofrida do que temos hoje", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 estão garantidas e transcorrerão "com tranquilidade."
O presidente descartou qualquer possibilidade de cancelamento das competições e disse que o Rio tem todas as condições de abrigar as atividades esportivas e de receber atletas e turistas .
"Não chove todo dia nem toda hora. Nem todo dia tem terremoto no Chile, no Haiti. Quando acontece uma desgraça, acontece. Junho e julho (período que, em geral, ocorrem as Copas e as Olimpíadas) são meses mais tranquilos. O Rio de Janeiro está preparado para fazer Olimpíada, para fazer Copa do Mundo com muita tranquilidade. Não é por causa de uma catástrofe que a gente vai achar que vai acontecer todo ano, toda hora", disse o presidente, que chegou ao Rio na noite de segunda-feira.
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Lula lembrou que as obras para os Jogos Olímpicos e para a Copa já estão acertadas entre a União, o governo do Estado e a prefeitura. "Vamos continuar a trabalhar para fazer a melhor Copa e a melhor Olimpíada que esse mundo já viu, vamos fazer um grande evento para ninguém botar defeito", afirmou Lula.
Desde o fim do ano passado, autoridades como os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e dos Esportes, Orlando Silva, manifestaram preocupação com os "gargalos" dos aeroportos brasileiros, em especial do Rio de Janeiro, sempre que comentavam as obras necessárias para viabilizar a Copa e a Olimpíada.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) considerou a enchente no Rio um fato "extraordinário" e manifestou solidariedade à cidade. "O Comitê Olímpico Internacional reiterou o seu absoluto apoio ao Rio de Janeiro, entendendo que se trata de um fato meteorológico de natureza extraordinária, que pode acontecer em qualquer cidade do mundo. E demonstrou ainda total satisfação com a rápida mobilização das autoridades públicas da cidade e do Estado", disse o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, que está em Lausanne, na Suíça, participando de reuniões do COI.