Depois do desempenho abaixo das expectativas no Mundial do Rio, encerrado no começo de setembro, quando conquistou apenas uma medalha de prata com Rafael Silva, a seleção brasileira masculina de judô fez algumas alterações nos treinamentos, intensificando agora o trabalho específico por categoria. Assim, os judocas dos três pesos mais pesados (até 90kg, até 100kg e acima de 100kg) estão reunidos nesta semana em Belo Horizonte, treinando sob o comando dos técnicos Luiz Shinohara e Mário Sabino.
No Mundial do Rio, o único pódio da seleção masculina do Brasil foi com Rafael Silva, na categoria acima de 100kg, quando perdeu a final para o astro francês Teddy Riner. Enquanto isso, as judocas brasileiras tiveram desempenho fantástico, com cinco medalhas individuais - Rafaela Silva (até 57kg/ouro), Érika Miranda (até 52kg/prata), Maria Suelen Altheman (acima de 78kg/prata), Sarah Menezes (até 48kg/bronze) e Mayra Aguiar (até 78kg/bronze) - e uma prata na disputa por equipes.
Uma das alterações na equipe masculina foi a contratação do técnico Mário Sabino - um ex-judoca da categoria até 100kg, que já foi da seleção -, para trabalhar junto com Luiz Shinohara. "É um treinador que pode trazer algo a mais para os atletas que têm esse tipo físico, mais altos e pesados, que é o mesmo dele. Já vínhamos investindo em atividades especiais separadas por categoria de peso e, depois do resultado do Mundial, acreditamos que devemos investir ainda mais nesse tipo de treinamento", explicou Ney Wilson, gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
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"Esse treinamento está sendo importante porque, como é logo depois do Mundial, você já consegue começar a trabalhar nos erros que cometeu. Ter o Mário Sabino como um dos técnicos é interessante, porque ele pode trazer algo diferente já que competiu entre os atletas mais pesados. Na nossa categoria, às vezes precisamos mais de força do que de técnica", disse Eduardo Santos, que representou o Brasil no peso até 90kg no campeonato no Rio - foi eliminado logo na estreia.