Diante de protestos antirracismo que ganharam força novamente ao redor do mundo em 2020, a Fórmula 1 afirma querer dar força a um plano antigo: o incentivo à diversidade na categoria, a começar pelas categorias de base.
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Nos últimos dias, Lewis Hamilton se manifestou diversas vezes a respeito dos protestos iniciados após a morte de George Floyd, cidadão norte-americano negro asfixiado por um policial branco no dia 25 de maio. O britânico, atualmente na Mercedes, foi o primeiro piloto negro da história da F-1, assumindo o posto de titular da McLaren em 2007.
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Em declarações à Sky Sports, o diretor esportivo da F-1, Ross Brawn, disse que as cobranças de Hamilton por posicionamentos da categoria contra o racismo são "muito válidas". E, em apoio à pauta, disse que a cúpula da disputa precisa acelerar o incentivo à diversidade, tanto no grid quanto nos bastidores.
"Acho que nós, na Fórmula 1, reconhecemos há alguns anos que queremos fortalecer nossa diversidade", disse Brawn. "Pensamos que o motivo de não termos mais diversidade na Fórmula 1 começa bem no princípio, nas raízes, e mesmo nas escolas."
Segundo Brawn, 40% das crianças que se envolvem com o programa que aproxima a Fórmula 1 das escolas são meninas, "o que é um bom começo". A meta, agora, é tornar o automobilismo mais acessível.
"Passei as últimas semanas e meses trabalhando com um grupo a respeito de como podemos ter uma iniciativa realmente básica no kart para envolver as crianças bem no começo", disse Ross Brawn.
"O fato é que a Fórmula 1 é uma meritocracia muito forte. Deveria ser sempre assim, sempre o melhor vencendo. Não podemos forçar. Mas podemos dar mais oportunidades para que minorias e grupos étnicos se envolvam no automobilismo - não apenas como pilotos, mas como engenheiros e em outras atividades", acrescentou.