Desafiante e determinado a ser um canal para mudança nos Estados Unidos, Colin Kapernick avisou que pretende ficar sentado durante a execução do Hino Nacional toda vez que considerar apropriado e até ver um avanço importante em seu país, especialmente sobre as questões raciais.
Kapernick sabe que o San Francisco 49ers poderia afastá-lo diante dessa postura. Mas mesmo diante desse risco e das críticas, o quarterback se declarou como único responsável pelo comportamento que pretende manter e não pediu para ninguém seguir a sua ação.
O jogador também reconheceu que poderá ser maltratado em algumas cidades onde a sua equipe vai atuar como visitante, mas se disse preparado a enfrentar esta situação e observou que não está muito preocupado com a sua segurança. "Se acontecer algo, isso apenas provaria o meu ponto de vista".
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"Eu vou ficar ao lado das pessoas oprimidas", disse. "Para mim esta é uma situação que tem que mudar. Quando ocorrer uma mudança importante e eu considerar que essa bandeira representa o que se supõe representar, quando este país representar as pessoas do jeito que se supõe fazê-lo, eu vou ficar de pé".
Na última sexta-feira, ele se recusou a ficar de pé durante a execução do hino antes da derrota pela pré-temporada do 49ers para o Green Bay Packers. O jogador garantiu que não foi procurado por ninguém da NFL para conversar sobre o seu comportamento.
"Ninguém tentou me calar e para ser honesto não é algo que vai me deixar calado", disse. "Eu vou falar a verdade quando me perguntarem. Não é uma postura de imagem ou publicidade ou qualquer coisa assim. É uma postura a favor das pessoas que não têm voz. A favor de pessoas oprimidas e elas precisam ter igualdade de oportunidades para ter sucesso".
Kaepernick também conversou com seus companheiros para explicar seu ponto de vista. Alguns ficaram de acordo com a sua mensagem, mas não necessariamente com o seu método. "Todos na equipe têm direito a expressar sua opinião. Somos adultos", disse o linebacker Naorro Bowman.
Além disso, Kaepernick criticou os candidatos presidenciais Hillary Clinton e Donald Trump, os descrevendo como "abertamente racistas", e denunciou a brutalidade policial contra as minorias.