No primeiro dia de disputas de judô nos Jogos Sul-Americanos, nesta terça-feira, em Santiago, a seleção brasileira colocou seus três representantes no pódio. Foram duas medalhas de ouro, com Jéssica Pereira e Breno Alves, e uma de bronze, com Gabriela Chibana - esta última é substituta da campeã olímpica Sarah Menezes, que sofreu uma lesão leve nas costas pouco antes da viagem ao Chile.
Em sua segunda competição na categoria adulto, Jéssica superou a chilena Joselin Garrido, a venezuelana Vanherys Mendoza e a argentina Oritia Gonzalez, pela categoria até 52kg, para ficar com o ouro. A judoca carioca avalia que as adversárias mostraram um ritmo forte e festeja ter representado bem o Brasil. "As lutas foram bem duras, as meninas eram muito boas. A primeira consegui vencer por ippon, a segunda por shido e a final por yuko", analisa.
Já Breno usou a sua experiência, especialmente na última luta, para vencer os combates na categoria até 60kg. E o ouro só veio no golden score (tempo extra), quando o peruano Juan Postigos levou uma punição e acabou derrotado.
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"Sabia que o resultado ia ser decidido no detalhe, usamos uma estratégia e deu tudo certo. Já tinha lutado com ele um vez e, por ser da América do Sul, o conheço bem. Agora foi mais complicado, errei um pouco de deixar a arbitragem resolver o combate, tinha que ter tentado finalizar, mas fui melhor na luta. Ele fazia uma pegada mais defensiva, entrou mais para me anular", avalia.
Gabriela não teve a mesma sorte que os companheiros, mas, ainda assim, conseguiu se reabilitar na luta seguinte e faturou o bronze. A atleta do Pinheiros teve pelo caminho a argentina Paula Pareto, que está entre as melhores judocas do mundo na categoria até 48 kg, e acabou derrotada por ippon.
Nos outros dois encontros anteriores entre as judocas, a brasileira também levou a pior. "Queria ter ganhado dela. Entrei melhor na luta do que nas duas vezes que já lutei com ela, mas não saí satisfeita nem um pouco com o resultado. Estava esperando muito mais. Agora é buscar treinar e melhorar a estratégia para estar bem nas próximas competições", avisa.
Durante a luta, o técnico Mário Tsutsui deu muitas instruções para a pupila, que não conseguiu executar. "Ele pediu para eu manter a resistência, subir a pegada e aumentar o volume, mas eu não estava conseguindo abrir para encaixar o golpe. Ela tem uma estatura baixa e para movimentar é complicado", explica Gabriela.
O revés deixou a brasileira frustrada, mas ela festejou ter saído da competição com a medalha. A luta pelo bronze, diante da chilena Judith Gonzalez, foi muito mais tranquila e, com um ippon, ela se redimiu. "O técnico me pediu para manter o foco e ir em busca do bronze. Graças a Deus, consegui conquistar essa medalha para o Brasil", conta Gabriela.