O ex-pugilista porto-riquenho Hector "Macho" Camacho teve sua morte confirmada neste sábado, aos 50 anos, depois de ter sido baleado na cabeça na última terça. Na quinta-feira, os médicos do Centro Médico de San Juan já haviam revelado sua morte cerebral, mas somente nesta manhã os aparelhos que o mantinham vivo foram desligados.
Camacho levou o tiro quando estava dentro de um carro na cidade de Bayamón, nos arredores de San Juan. A bala atingiu a mandíbula do ex-pugilista, saiu da cabeça, entrou no ombro e ainda fraturou duas vértebras. Após exames realizados na manhã de quinta, o médico Ernesto Torres, responsável pelo tratamento, confirmou que seu estado era irreversível.
Adrian Mojica Moreno, um amigo de Camacho que tinha 49 anos e também estava no carro, morreu na hora do ataque. Segundo a polícia, foi encontrada cocaína dentro do veículo. As investigações iniciais apontam para dois suspeitos pelos assassinatos, mas ninguém foi preso até agora e não foi divulgado o possível motivo do crime.
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Camacho foi um boxeador de sucesso e sua carreira profissional durou três décadas. Ele foi campeão mundial em três categorias diferentes ao longo dos anos 80 e 90 e lutou contra outras lendas do esporte, como Félix Trinidad, Julio César Chávez, Sugar Ray Leonard e Oscar de la Hoya.
O ex-pugilista somou 79 vitórias, seis derrotas e três empates ao longo da carreira, sendo que seu último combate foi em maio de 2010. Seu empresário contou que, mesmo com 50 anos, ele ainda programava mais uma luta.
Apesar do sucesso no boxe, Camacho enfrentou diversos problemas em sua vida particular. Esteve envolvido com drogas e chegou a ser condenado por roubar uma loja nos Estados Unidos - ficou em liberdade condicional, mas passou duas semanas na prisão. Ele também foi acusado duas vezes pela ex-mulher de violência doméstica.