O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira o cancelamento da tradicional visita dos campeões da NFL à Casa Branca, que aconteceria nesta terça. Desta forma, o Philadelphia Eagles, atual campeão da principal liga de futebol americano do mundo, não participará da cerimônia este ano.
A cada temporada, os vencedores das quatro principais ligas esportivas dos EUA - hóquei no gelo, futebol americano, beisebol e basquete - realizam visita ao presidente nacional na Casa Branca. Mas Trump decidiu impedir a ida do Eagles diante do protesto realizado por diversos jogadores da NFL, e do próprio time, na execução do hino norte-americano.
"O Philadelphia Eagles está impedido de vir à Casa Branca com todo seu time amanhã. Eles discordam de seu presidente porque ele (Trump) insiste que eles se levantem orgulhosamente para o hino nacional, com a mão no coração, honrando os grandes homens e mulheres por nosso militarismo e as pessoas pelo nosso país", informou Trump em comunicado.
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Desde a temporada passada, diversos jogadores da NFL têm se recusado a levantar para o hino nacional como forma de protesto principalmente pelo tratamento da polícia aos negros no país, após diversos casos de abuso de poder que resultaram até em mortes. A atitude foi encabeçada pelo então quarterback do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick, e rapidamente aderida por muitos atletas, até em outros esportes.
Trump sempre se posicionou fortemente contra os protestos e chegou a pedir a demissão destes jogadores. Diante deste entrevero, algumas delegações campeãs de outros esportes já se recusaram a visitar o presidente, e alguns jogadores do Eagles anunciaram que fariam o mesmo, apesar de a posição oficial da franquia ser de comparecer à cerimônia.
"O Eagles queria mandar uma delegação menor, mas os cerca de mil torcedores que planejavam comparecer ao evento mereciam mais. Estes torcedores ainda estão convidados a comparecer à Casa Branca para uma cerimônia diferente, uma que vai honrar nosso grande país, pagar tributo aos heróis que lutaram para protegê-lo, e tocar orgulhosamente nosso hino nacional", informou a nota.