A promotoria do julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp questionou nesta quinta-feira a credibilidade de um suposto especialista, que foi apresentado como testemunha pela defesa e estava tentando mostrar que o atleta matou a sua namorada por engano. Depois desse depoimento, o caso foi paralisado e só será retomado no dia 5 de maio.
Roger Dixon foi chamado pela defesa para apresentar evidências para apoiar a versão de Pistorius de que ele atirou na modelo por considerar que um intruso estava atrás da porta do banheiro da sua residência, prestes a atacá-lo.
Continuando o seu interrogatório, o promotor Gerrie Nel disse que Dixon, a terceira testemunha a ser chamada pela defesa de Pistorius, não tinha nenhuma experiência em algumas áreas sobre as quais ele estava testemunhando. O investigador foi submetido a duro questionamento de Nel e foi ridicularizado em mídias sociais e na imprensa sul-africana por tentar se mostrar como uma especialista em áreas nas quais não apresenta qualificação.
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O promotor criticou Dixon por não apresentar a exata altura de Pistorius quando ele estava usando as suas próteses. "É algo que eu omiti. Eu negligenciei isso no momento", respondeu Dixon, quando questionado por que suas medidas eram cerca de 20 centímetros diferentes em uma análise para ver se a cabeça e o corpo do atleta paralímpico seriam altos o suficiente para serem vistos por vizinhos através de uma janela do banheiro. Ele disse que não estava tentando "enganar" o tribunal.
Dixon é um ex-policial e especialista em análise de materiais em cenas de crime. Seu testemunho tocou em temas como balística, ferimentos a bala, patologia, marcas de sangue, e ele também disse que esteve envolvido em testes de áudio e visuais. Ele admitiu que não é um especialista em qualquer uma dessas áreas.
Pistorius é acusado de ter premeditado o assassinato de Reeva, em 14 de fevereiro de 2013, quando ele disparou várias vezes na modelo. Os promotores dizem que ele a matou após uma discussão.