Um dia antes da eleição que vai apontar o próximo presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), as federações estaduais e o representante dos atletas vão se reunir para uma assembleia extraordinária na qual votarão "a criação e a operação" da força-tarefa proposta pela Federação Internacional de Basquete, a Fiba. A informação consta em nota oficial divulgada pela CBB nesta terça-feira.
De acordo com o documento, assinado pelo presidente Carlos Nunes, a convocação foi solicitada pelas federações estaduais de Ceará, Maranhão, Goiás, Rondônia, Mato Grosso, Distrito Federal, Pará e Acre. Basicamente, o grupo que apoia a candidatura de Guy Peixoto.
Este já deixou claro que é contra os moldes da força-tarefa apresentados pela Fiba em reunião na Suíça no último dia 3 de fevereiro. Por isso, ele se recusou a assinar um termo de compromisso, se negando a garantir que admitirá a força-tarefa caso seja eleito presidente no próximo dia 10 de março.
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Já Amarildo Rosa, da federação do Paraná, favorito à presidência da CBB depois de ser lançado pela maioria das federações estaduais, agora se diz favorável à força-tarefa. Ele também esteve na Suíça e se comprometeu com a Fiba.
"Nesta reunião, todos tiveram a oportunidade de expressar seu posicionamento, e por parte da Fiba o Secretário Geral Patrick Baumann foi muito claro em afirmar que a força-tarefa levará em conta as leis do nosso país (Estatuto da CBB), reconhecerá a importância em realizar a eleição programada para o dia 10 de março e em hipótese alguma retirará os poderes do presidente eleito", argumenta.
Além de Guy e Amarildo, a reunião na Suíça contou com representantes da Liga Nacional de Basquete (LNB), da CBB, do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Ministério do Esporte. De acordo com Amarildo, apenas a CBB e o rival não assinaram o termo de compromisso.
Ele explica que a nova gestão da CBB deverá apresentar até o final de abril um Plano de Ação para Governança, Situação Financeira e Atividades Esportivas para que a Fiba avalie a retirada da suspensão da CBB.
"Tendo em vista a grave situação que enfrenta o basquete brasileiro e que a CBB como entidade não desfruta de credibilidade; eu, juntamente com as federações que apoiam a minha candidatura, entendemos que a CBB necessita de apoio neste momento e, quanto mais rápido retirarmos a suspensão da Fifa, mais rápido restauramos a entidade e fazemos voltar a crescer o basquete brasileiro", avalia Amarildo.