Morreu nesta segunda-feira, em Americana (SP), o ciclista Willian Solera, de 26 anos, atleta de alto rendimento da equipe União Americanense de Ciclismo. Ele foi atropelado por um carro no dia 11 de abril enquanto comandava o treino de uma aluna em uma estrada no Jardim Terra-América, na mesma cidade.
"O atleta acompanhava sua aluna em um treinamento quando foi atingido por trás por um carro que transitava em alta velocidade no local. Solera bateu forte a cabeça na coluna do carro e foi arremessado à frente por vários metros. Levado ao hospital municipal da cidade com traumatismo craniano, Willian passou por uma cirurgia com objetivo de retirar os coágulos e diminuir o inchaço", informou a equipe, na ocasião.
Willian ficou sob coma induzido por 10 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Aos poucos os médicos reduziram a medicação e constaram a morte cerebral, decretada na tarde desta segunda-feira. A família optou por doar os órgãos do atleta, velado na Câmara Municipal de Americana.
Leia mais:
Londrina Bristlebacks busca título Brasileiro no futebol americano
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
Corrida Pedestre reúne mais de 400 participantes em Alvorada do Sul
Hortência diz que não trabalhará no COB e pede mudança profunda no basquete
De acordo com a Federação Paulista de Ciclismo (FPC), Willian era formado em educação física, pós-graduado em fisiologia do exercício e profissional de ciclismo há oito anos, sempre pelo time de Americana.
Neste ano, havia sido 30.º colocado geral na Volta Ciclística de São Paulo. Em 2013, foi 16.º na prova de estrada do Campeonato Brasileiro, completando em 18.º no contra-relógio. No Tour do Rio, abandonou ainda na primeira etapa.
Em março do ano passado, Hailton Pereira da Silva, o Ceará, líder da equipe de Itatinga (SP), morreu aos 48 anos enquanto treinava na SP-225, em Bauru. Ele pedalava com companheiros do time quando um veículo que vinha em alta velocidade capotou diversas vezes na pista e caiu sobre ele. Ceará faleceu na hora.
Também no ano passado, no mesmo dia da morte de Ceará, a principal ciclista do País, Clemilda Fernandes, foi atropelada por um caminhão, que fugiu sem prestar socorro e não foi identificado. Ela passou um dia e meio na UTI e ficou uma semana internada em um hospital de Goiânia, com um pulmão perfurado, duas costelas fraturadas e a mandíbula quebrada, mas já voltou a competir.