O Comitê Olímpico do Brasil (COB) avisou nesta quarta-feira que não concederá credenciamento ao australiano Scott Volkers, técnico de natação no Minas Tênis, para atuar na equipe brasileira durante os Jogos Olímpicos. Autoridades australianas vêm pressionando o COB e o Minas Tênis para vetar o treinador em razão de acusações de abuso sexual, ainda na década de 80, no país da Oceania.
O veto do COB foi anunciado pelo porta-voz Claudio Motta, em entrevista à agência Associated Press. De acordo com Motta, Volkers "não obterá o credenciamento para fazer parte do time olímpico brasileiro". O treinador está no Minas desde janeiro de 2012 e hoje trabalha com atletas como Thiago Pereira.
A decisão do COB vai de encontro às manifestações do Minas Tênis que, na semana passada, rejeitou tirar o australiano de sua equipe de natação na Olimpíada. O clube mineiro afirmara que o comportamento do técnico no clube sempre foi exemplar e que não há motivos para falar sobre possível atuação do técnico pelo Brasil na Olimpíada, já que ainda não houve convocação para os Jogos.
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Pelos critérios definidos pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), entretanto, ele seria um dos treinadores. A CBDA e o Minas Tênis ainda não se manifestaram sobre a decisão do COB.
Quando chegou ao Minas, Volkers afirmou que seu objetivo no país era ajudar o Minas e o Brasil nos jogos de 2016. O treinador foi o líder da equipe de natação da Austrália em 1992 (Barcelona), 1996 (Atlanta) e 2000 (Sydney).
Antes de vir trabalhar no Brasil, o treinador chegou a ser levado aos tribunais na Austrália na década passada sob acusação de que teria abusado sexualmente de três nadadoras naquele país. Mas não houve condenação, por falta de provas. O técnico, no entanto, foi proibido de trabalhar com crianças e adolescentes na Austrália.