O Comitê Olímpico Internacional (COI) pretende incluir nos contratos com as futuras sedes olímpicas uma cláusula antidiscriminação para evitar manifestações preconceituosas de entidades e políticos locais, como aconteceu nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, em fevereiro deste ano.
O tema virou polêmica durante a competição por causa de uma lei local, elaborado no ano passado, que proibia "propaganda" gay por parte de habitantes e de atletas e turistas. Para os críticos, a legislação marca sério retrocesso na conquista dos direitos dos homossexuais e gerou protestos internacionais dentro e fora da Rússia.
Para evitar novas polêmicas, o COI enviou uma carta às três candidatas a sediar os Jogos de Inverno de 2022 para avisar que o futuro contrato com a cidade escolhida conterá novas cláusulas antidiscriminação no texto. O trecho será baseado no princípio número seis da Carta Olímpica, que inclui referência específica à discriminação quanto a gênero.
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A nova cláusula exige que a cidade-sede e o comitê olímpico nacional do país "conduzirão suas atividades de forma a promover e ampliar os princípios fundamentais e valores olímpicos, em particular a proibição de qualquer forma de discriminação em relação à raça, religião, polícia e gênero".