A tenista russa Maria Sharapova só vai saber se jogará em Roland Garros no dia 16 de maio, doze dias antes do início da chave principal do Grand Slam francês. De acordo com a Federação Francesa de Tênis, a decisão será anunciada nesta data, com a divulgação da lista dos convites (wild card) da competição.
Desta forma, diz o presidente da entidade, Bernard Giudicelli, a tenista não terá tratamento diferenciado. Ela será anunciada ou não com as demais convidadas, sem confirmação prévia.
"A única garantia que dei a ela é que ligarei para avisá-la sobre a decisão antes", disse o dirigente, sem especificar com qual antecedência fará o anúncio a ela. "Não há razão para fazer exceção à Maria Sharapova. Não há motivos para anunciar um convite a ela antes das demais."
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Via de regra, os convites de Grand Slam são distribuídos para tenistas da casa, no caso para as francesas, com preferência para aquelas que já obtiveram bons resultados na competição, mas hoje apresentam ranking baixo em razão de lesões ou problemas de saúde. Há ainda acordos informais entre federações. O Aberto da Austrália, por exemplo, costuma conceder convites para jovens norte-americanos e, em contrapartida, o US Open retribui a ação para atletas australianos.
Sharapova está voltando ao circuito profissional nesta quarta-feira após cumprir 15 meses de suspensão. A punição inicial era de dois anos, mas ela obteve a redução na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Ela fora punida por doping pela substância Meldonium em janeiro do ano passado.
Sem competir há mais de um ano, a russa perdeu todos os seus pontos no ranking e não consegue disputar as principais competições do circuito. Assim, obteve convites para voltar a jogar, nesta semana, em Stuttgart. O mesmo acontece com Roma e Madri, nas próximas semanas.
Mas sua maior meta é competir em Roland Garros, o primeiro Grand Slam que poderia jogar desde o seu retorno. A organização, contudo, rejeitou inicialmente seu pedido de convite. Mas aceitou uma reunião com ela para discutir o assunto no início de março. Desde então, a direção de Roland Garros vem fazendo mistério sobre a decisão.
Tenistas de renome criticaram a possibilidade de Sharapova entrar direto na chave principal em Paris. O escocês Andy Murray, atual número 1 do mundo, e a alemã Angelique Kerber, vice-líder do ranking feminino, reclamaram publicamente do eventual convite, que poderia ser considerado uma premiação ao doping da russa.
Uma possível solução, que vem sendo discutida nos bastidores de Roland Garros, seria conceder um convite para o qualifying. Assim, Sharapova teria que vencer as três rodadas da fase de classificação para entrar na chave principal.
Questionado sobre a ausência de Serena Williams, que anunciou a gravidez na semana passada, o presidente da Federação Francesa negou que a baixa da norte-americana afetará a decisão sobre Sharapova. "Serena vive uma situação completamente diferente. Estas questão são tratadas separadamente. Não vamos formar um elenco [para o torneio]. Isto não será um show de rock", afirmou Giudicelli.