Em protesto contra a decisão do COI de excluir as lutas dos Jogos Olímpicos de 2020, o presidente da Confederação Búlgara de Luta, Valentin Yordanov, decidiu devolver ao Comitê Olímpico Internacional a medalha de ouro que ganhou competindo nos Jogos de Atlanta, em 1996.
Em discurso emocionado, Yordanov, que também é vice-presidente do Comitê Olímpico da Bulgária, disse que fazia isso em protesto contra a decisão anunciada na semana passada. Segundo ele, com este ato de solidariedade, ele se une a milhões de praticantes desta modalidade que condenam a decisão do COI.
A luta é um dos esportes símbolos da Bulgária, tendo rendido ao país do leste europeu 16 das 51 medalhas de ouro olímpicas que os búlgaros já conquistaram. Georgi Markov, outro búlgaro campeão, disse que espera um museu lhe devolver sua medalha para que possa também mandá-la de volta ao COI. Já os técnicos Armen Nazaryan e Serafim Barzakov anunciaram, em entrevista coletiva, que estão começando uma greve de fome que só será encerrada se o Comitê Olímpico Internacional voltar atrás da exclusão.
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Yordanov enviou uma carta ao presidente do COI, Jacques Rogge, alegando que a luta é uma parte inesperável do movimento olímpico, lembrando que a modalidade sempre esteve presente no programa dos Jogos da Era Moderna. O búlgaro também ironizou o homem forte do esporte olímpico, lembrando que o belga conseguiu unir EUA, Irã e Rússia numa só causa.