Lewis Hamilton, heptacampeão de Fórmula 1 e aniversariante desta quinta-feira (7), começa o ano de uma maneira bastante inusitada: desempregado. O contrato dele com a Mercedes acabou no final de 2020, e um novo acordo ainda não foi anunciado.
Não que a vaga do piloto de 36 anos no grid esteja ameaçada. O time passou por uma mudança no controle acionário: a empresa do setor de petroquímica INEOS comprou um terço da equipe, fatia que também detém agora o chefe Toto Wolff, que renovou seu contrato por mais três anos. O restante das ações permanece com a Mercedes, que diminuiu sua participação.
Hamilton sempre deixou claro que queria saber o cenário do time antes de começar as negociações, especialmente em relação a Wolff, que disse estar buscando um sucessor para seu cargo a médio prazo. Ainda assim, há pelo menos um ano, foram publicados rumores de que o acordo já estaria assinado, com diferentes valores e durações.
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Em janeiro de 2020, a Gazzetta dello Sport, da Itália, revelou que os últimos detalhes de uma extensão de dois anos estavam sendo finalizados.
Já no Reino Unido, desde o final de dezembro, jornais como o The Sun, Daily Mail e The Times vêm publicando que o acerto é iminente, com valores que vão de US$ 55 milhões a mais de US$ 60 milhões (de R$ 292,4 mi a mais de R$ 319 mi) e com extensões entre mais de um e três anos.
Para completar a rodada de especulações, nos últimos dias, o jornal italiano Corriere dello Sport publicou que a Mercedes tinha negado um contrato de quatro anos por US$ 50 mi ao ano (R$ 265,8 mi) e depois disse que "o mais provável seria que a INEOS aceitasse pagar parte do salário milionário".
O mesmo jornal italiano tinha publicado, em abril, que Hamilton queria um contrato "de quatro ou cinco anos" e, em janeiro, que o piloto estava pedindo US$ 67 mi anuais (R$ 356,2 mi).
No entanto, a julgar pelas declarações de Hamilton e de Wolff nos últimos meses, ficou clara a necessidade de a situação da equipe estar resolvida, uma vez que a Mercedes vem implantado um plano mundial de diminuição dos gastos e não se sabia em que medida isso afetaria o financiamento do projeto da F1 e o próprio envolvimento da montadora.
Também ficou evidente que as negociações poderiam mesmo se estender -Wolff disse que, "no máximo, o contrato tem de estar fechado antes dos testes de pré-temporada", programados para março- e que, mais do que dinheiro, Hamilton está pedindo influência maior para continuar defendendo suas pautas de inclusão e sustentabilidade.
Logo depois do anúncio da INEOS, o piloto destacou comprometimento da Mercedes. "É ótimo ver que eles farão parte desta equipe e vão ajudar com a estabilidade do time para poder ser melhor no futuro. Vamos precisar de um empurrão para que continuemos tornando essa organização algo melhor."
Do lado da equipe, Wolff também rendeu elogios a Hamilton: "Ele está no auge e ficará no auge por mais algum tempo. E, por isso, continuarmos juntos é uma decisão muito fácil de tomar".
Está claro que Hamilton, que passou os últimos dias nas Ilhas Turcas e Caicos, no Caribe, ficará na Mercedes, e, em que pesem os rumores, o valor de seu contrato, que ele disse ser possivelmente seu último na F1, muito provavelmente ficará sob sigilo.