Maria Sharapova vai descobrir na semana que se inicia em 15 de maio se ela poderá competir em Roland Garros, Grand Slam parisiense que começará duas semanas depois, confirmou, nesta sexta-feira, a Federação Francesa de Tênis (FFT).
A russa foi suspensa após testar positivo para Meldonium no Aberto da Austrália de 2016. A punição foi reduzida de dois anos para 15 meses em outubro pela Corte Arbitral do Esporte. A substância, que anteriormente era legal, teve seu uso proibido no início do ano passado, mas Sharapova admitiu ter consumido a substância depois disso.
A dona de cinco títulos de Grand Slam e ex-número 1 do mundo voltará às competições na próxima semana, quando jogará como convidada no Torneio de Stuttgart. A sua suspensão termina no terceiro dia do Torneio de Stuttgart, o que significa que ela não terá permissão para jogar antes de quarta-feira.
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Os líderes do ranking Angelique Kerber e Andy Murray estão entre os tenistas que questionaram se Sharapova deveria retomar a sua carreira com convites para chaves principais, sem participar do qualifying dos torneios. A russa também recebeu um convite para o Torneio de Roma, no próximo mês.
Agora, Roland Garros e, possivelmente, Wimbledon devem decidir se dão um convite para Sharapova, que já venceu ambos os Grand Slams. A FFT disse em uma resposta por e-mail à agência de notícias The Associated Press que "a decisão será tomada na semana de 15 de maio" sem dar mais detalhes. Sharapova, que conquistou os quatro Grand Slams, foi campeã de Roland Garros em 2012 e 2014.
Sharapova, de 30 anos, estava entre os mais de cem atletas que deram positivo após o Meldonium ser incluído na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping no começo do ano passado. Na maioria dos casos, os atletas foram absolvidos por terem provado que consumiram a substância antes da proibição. Mas esse não foi o caso de Sharapova, que assumiu tê-la utilizado após a data de corte.
O Meldonium é comercializado para pessoas com doenças cardíacas e circulatórias, incluindo a função de auxiliar no aumento da resistência física e mental. Dirigentes russos defenderam, sem sucesso, que a substância não melhora o desempenho esportivo, além de argumentar que previne ataques cardíacos sob estresse extremo.
Sharapova disse no ano passado ela usou Meldonium por dez anos por causa de deficiência de magnésio, resultados de testes cardíacos irregulares e uma história familiar de diabetes.