Torben e Lars já se aposentaram da vela olímpica como atletas, mas a família Grael segue mostrando seu talento. Neste domingo, Martine Grael, filha de Torben (novo técnico da seleção), conquistou, aos 22 anos, a sua primeira medalha em mundiais de vela. Ao lado de Kahena Kunze, ela se sagrou vice-campeã da 49erFX, classe que vai estrear no programa olímpico nos Jogos do Rio.
Em Marselha (França), as brasileiras começaram o Mundial bem, mas foram caindo de posições. Num formato confuso de competição, com semifinal e final, Martine e Kahena chegaram à fase de medal race apenas na oitava posição.
Mas as principais adversárias por uma medalha foram mal nas três regatas decisivas, neste domingo, as brasileiras somaram um quarto, um terceiro e um segundo lugares e subiram até a segunda posição, com 98 pontos perdidos. O barco da Nova Zelândia, de Alexandra Maloney e Molly Meech, terminou campeão, com 78. O bronze ficou com Sarah Steyaet e Julie Bossard, da França, com 100 pontos perdidos.
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Martine, que faz 23 anos apenas em fevereiro do ano que vem, tentou a classificação olímpica para Londres na classe 470 Feminina, ao lado de Isabel Swan, mas acabou derrotada por Fernanda Oliveira e Ana Barbachan.
Com a criação da 49erFK, exclusiva para mulheres, Martine migrou para a nova classe e começou muito bem. Neste ano, venceu o Campeonato Norte-Americano e a Copa do Mundo de Miami (EUA), em janeiro, foi sexta nas etapas de Palma de Maiorca (Espanha) e Hyères (França) da Copa do Mundo, em março e abril, e terminou em segundo o Europeu de 49erFK, em junho. Não à toa, é a segunda colocada no ranking mundial.
Seu irmão, Marco Grael, também competiu em Marselha, mas não foi bem, terminando em 10º na flotilha prata (na prática, foi o 40º) com Gabriel Borges. Os melhores brasileiros no Mundial da 49er foram André Fonseca e Mario Tinoco, em 17º na repescagem (na prática, em 27.º).