Em busca de se tornar mais atrativas e recuperar alguns fãs descontentes com os rumos da categoria nos últimos anos, a Fórmula 1 anunciou nesta sexta-feira algumas mudanças que serão adotadas a partir da temporada 2017. A principal delas é a volta do reabastecimento durante as provas, que havia sido permitido pela última vez em 2009.
Para recuperar a aura de "espetáculo", que conquistou os fãs da categoria nas décadas de 70, 80 e 90, um grupo de estratégia da Fórmula 1 se reuniu nesta sexta. Entre os nomes que se encontraram, estavam os chefes da Ferrari, da Mercedes e da McLaren, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, e o chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone.
Outra das principais medidas definidas nesta sexta-feira foi a alteração nos motores, não para aumentar a velocidade dos carros, mas sim para deixá-los mais barulhentos, como explicou a Fórmula 1 em nota. Os fãs da categoria reclamaram bastante dos motores mais silenciosos, adotados como parte das mudanças para a última temporada, alegando que o barulho dos carros é parte do folclore da Fórmula 1. A reivindicação foi aceita e o conhecido ruído dos monopostos estará de volta a partir de 2017.
Leia mais:

Após campanha recorde no Pan, COB demite coordenadora de esporte feminino

Londrina vence AACC, de Marechal Cândido Rondon, no primeiro jogo da disputa do 3º lugar no Paranaense

Maringaense Renan Gallina mostra potência e eleva expectativas na velocidade do Brasil

Pan: Brasil confirma jovens atletas com potencial para brilhar
A reunião também definiu uma alteração já para 2016. A partir da próxima temporada, as equipes vão escolher livremente os pneus a serem usados em cada prova. Elas poderão utilizar duas das quatro opções disponíveis (supermacio, macio, médio e duro), ao contrário do que acontece atualmente, com a Pirelli pré-determinando dois modelos para cada corrida.
O grupo de estratégia ainda definiu mudanças para deixar os carros com "aparência mais agressiva", "nas regras de aerodinâmica", "pneus mais selvagens" e "redução no peso dos carros". Com toda essa revolução, a Fórmula 1 pretende tornar suas provas mais imprevisíveis e os monopostos de cinco a seis segundos mais rápidos por volta.
Um bom retrato da monotonia atual na categoria foi o GP da Espanha, realizado no último domingo, com a prova mais uma vez inteiramente dominada pela Mercedes. Nico Rosberg venceu de ponta a ponta, sem sequer ser incomodado. Maior concorrente da equipe alemã, Sebastian Vettel, da Ferrari, terminou em terceiro, a 45 segundos de Rosberg e a 28 do segundo colocado Lewis Hamilton.