A ginasta brasileira Ana Cláudia Silva, que treina em Curitiba, passou por uma fase complicada nos últimos meses. Logo após conquistar a histórica medalha de prata na etapa da Copa do Mundo, em abril, a atleta ficou quatro meses afastada dos treinamentos, devido a uma lesão no cotovelo.
Essa foi a terceira vez que a ginasta de 17 anos sofreu uma contusão na carreira e ela confessa que essa foi a mais complicada. "Mais uma vez não foi fácil, tive que fazer cirurgia no cotovelo e ficar dois meses sem apoiar o braço só fazendo fisioterapia. Fui obrigada a interromper um início de ano bom para mim, no qual já havia conquistado medalha de prata na trave, na etapa da Copa do Mundo, em Maribor, e com chances de conquistar mais medalhas em outras etapas", declarou a atleta.
O pai da ginasta, Cláudio Araújo, revela que a natalense passava a maior parte do dia em tratamento para acelerar o retorno. "Ela chegava a fazer três sessões de fisioterapia por dia, mas graças a Deus ela já está de volta às atividades e pronta para nos dar mais alegrias, como sempre aconteceu na carreira dela", acredita Cláudio.
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A forma física da ginasta ainda não é a ideal, mas a atleta está mostrando dedicação e treinando forte, para voltar a competir em alto nível. "Devido ao processo cirúrgico, eu perdi resistência e massa muscular, mas estou treinando forte, para recuperar todo o meu preparo físico o mais rápido possível. Espero está pelo menos com 70% da minha forma até outubro, quando já acontece o Mundial", disse Ana.
A cirurgia faz com que Ana Cláudia tenha cautela, mas não tira o otimismo dela para o Mundial, que vai ser realizado em Londres, pois as outras ocasiões em que ela passou por problemas médicos coincidiram com grandes competições e, ainda assim, a ginasta conseguiu alguns dos principais resultados da carreira. Em 2007, ela contundiu o joelho meses antes do Pan e trouxe medalha de prata na disputa por equipes, além de uma sexta colocação nas barras assimétricas. No ano passado, ela machucou o quadril quando estava próximo das Olimpíadas, mas chegou a duas finais olímpicas, sendo a primeira brasileira em uma decisão individual (ao lado de Jade Barbosa).