Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Imbróglio

Ginastas da seleção de trampolim dependem de 'paitrocínio' para competir

Agência Estado
16 jan 2015 às 11:05

Compartilhar notícia

- Reprodução
Publicidade
Publicidade

Faltando um ano e meio para os Jogos Olímpicos do Rio, poucos atletas de alto rendimento podem reclamar falta de apoio no Brasil hoje em dia. Entre as exceções está a ginástica de trampolim, a "prima pobre" das ginásticas artística e rítmica dentro da rica e poderosa confederação brasileira da modalidade (CBG). Mesmo os principais ginastas de trampolim precisam pagar do bolso para treinar e competir, deixados na mão também pelo COB e pelo Ministério do Esporte.

Entre 9 e 15 de dezembro passado, aconteceu em Cochabamba, na Bolívia, o Campeonato Sul-Americano de Trampolim. Os 50 brasileiros que se deslocaram até Cochabamba precisaram contar com o chamado "paitrocínio". Afinal, uma semana antes do evento, pelo que contam os atletas, a CBG alegou não ter dinheiro para enviá-los aos principal torneio da região e cancelou o apoio que daria até mesmo aos que fazem parte da seleção.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"Não foi possível enviarmos a seleção, já que estávamos no final de temporada e não tínhamos recursos para cobrir as despesas", alegou a CBG, em nota enviada ao Olimpílulas. A entidade ainda tentou minimizar a situação, afirmando que atendeu a solicitação dos clubes e os autorizou a viajar e competir - desde que pagassem por tudo.

Leia mais:

Imagem de destaque
Spartans

Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes

Imagem de destaque
Alvo Run 2024

Corrida Pedestre reúne mais de 400 participantes em Alvorada do Sul

Imagem de destaque
Rainha

Hortência diz que não trabalhará no COB e pede mudança profunda no basquete

Imagem de destaque
Mais de 20 apresentações

Moringão recebe Festival de Ginástica Rítmica de Londrina pela primeira vez


"O que a gente mais precisa nesse momento é investimento, porque a gente não tem. Nunca teve um atleta na Olimpíada, porque tem poucas vagas para o mundo inteiro, mas sem investimento não dá para melhorar", reclama Camilla Gomes, bronze no Pan-Americano e principal atleta do trampolim hoje no Brasil. "A CBG não ajuda. A gente pede competições, eles não dão. Dizem que não têm grana. Levam a (ginástica) artística e a rítmica para o mundo inteiro, mas dizem que a ginástica de trampolim não tem dinheiro."

Publicidade


A CBG tem patrocínio máster da Caixa e contou, ano passado, com R$ 3,7 milhões oriundos da Lei Piva, além de manter convênios com o COB e com o Ministério do Esporte para a ginástica artística. Pelo que explica o COB, caberia à CBG utilizar a verba própria para desenvolver as modalidades que não chegam com chance de medalha em 2016 e precisam de incentivo para evoluir – leia-se rítmica e trampolim.


Em todo o ano de 2014, a CBG só pagou para os atletas participarem de três eventos: o Mundial e os Pan-Americanos Juvenil e Adulto – a entidade disse, em nota, que foram "diversas competições", citando apenas essas três. Muitos atletas que recebiam Bolsa Atleta Internacional em 2014 pagaram do bolso para ir ao Sul-Americano, chegar ao pódio (no restante da América do Sul o trampolim vai ainda pior) e renovar o benefício do Governo Federal.


Camilla Gomes não foi ao Sul-Americano porque, com o bronze no Pan-Americano, em agosto, assegurou a Bolsa Atleta Internacional (R$ 1.850) para 2015. No ano passado, o benefício foi cortado sem nenhuma explicação pelo ministério do Esporte e, de uma hora para outra, a atleta, que ganhou medalha no Sul-Americano de 2013 no trampolim sincronizado (não-olímpico), passou a receber apenas a Bolsa Nacional (R$ 925).

Na briga para ficar com a única vaga brasileira no Rio/2016 (vai o masculino ou o feminino), Camilla está treinando em Nova Jersey (Estados Unidos), com algumas das melhores atletas do continente, bancada pela família. A CBG paga uma "ajuda de custo" para ela e outros seis atletas (quatro do masculino, três do feminino). Os valores variam entre R$ 900 e R$ 1.300.


Publicidade
Publicidade

Continue lendo

Últimas notícias

Publicidade