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Lewis Hamilton

Hamilton, na linha de frente contra o racismo, busca recordes na F-1

Luciano Trindade - Folhapress
30 jun 2020 às 14:39
- Instagram/@lewishamilton
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Era para ser "apenas" a temporada em que Lewis Hamilton buscaria igualar ou quebrar os principais recordes do heptacampeão Michael Schumacher na F-1. Essa busca persiste, mas o campeonato de 2020 da categoria, que começará neste fim de semana na Áustria, ganhou nos últimos meses muitas histórias a serem contadas além da busca por façanhas esportivas do piloto britânico. A começar por outra faceta do próprio Hamilton, que aos 35 anos tornou-se uma das vozes mais importantes do movimento antirracista no meio esportivo.

Dos diretores da categoria aos rivais de pista, o piloto inglês tem cobrado ações para que a principal competição do automobilismo mundial seja mais inclusiva. O domínio do hexacampeão o ajudou a se engajar cada vez mais na luta contra o racismo e protagonizar cenas como a vista em Londres na semana passada, quando ele participou de manifestações desencadeadas pela morte de George Floyd nos EUA. "Estou confiante de que a mudança virá, mas não podemos parar agora", escreveu o piloto em suas redes sociais após marchar pelas ruas da capital inglesa.

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This past week has been so dark. I have failed to keep hold of my emotions. I have felt so much anger, sadness and disbelief in what my eyes have seen. I am completely overcome with rage at the sight of such blatant disregard for the lives of our people. The injustice that we are seeing our brothers and sisters face all over the world time and time again is disgusting, and MUST stop. So many people seem surprised, but to us unfortunately, it is not surprising. Those of us who are black, brown or in between, see it everyday and should not have to feel as though we were born guilty, don’t belong, or fear for our lives based on the colour of our skin. Will Smith said it best, racism is not getting worse, it’s being filmed. Only now that the world is so well equipped with cameras has this issue been able to come to light in such a big way. It is only when there are riots and screams for justice that the powers that be cave in and do something, but by then it is far too late and not enough has been done. It took hundreds of thousands of peoples complaints and buildings to burn before officials reacted and decided to arrest Derek Chauvin for murder, and that is sad. Unfortunately, America is not the only place where racism lives and we continue to fail as humans when we cannot stand up for what is right. Please do not sit in silence, no matter the colour of your skin. Black Lives Matter. #blackouttuesday ✊🏽

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Em fevereiro deste ano, em seu discurso após receber o prêmio Laureus, ao lado do argentino Messi, como melhor esportista masculino de 2019, o inglês afirmou que trabalharia pela diversidade racial na F-1. "Cresci num esporte que deu significado à minha vida, mas um esporte com pouca diversidade, o que me permite trabalhar por uma agenda de mais igualdade." Após pressão do britânico, a F-1 anunciou nos últimos dias a criação do programa "We Race as One" ("Nós Corremos como Um"), com ações voltadas para a inclusão de pessoas de diferentes etnias, gênero e orientação nas pistas e também no quadro de funcionários das equipes.


Chase Carey, CEO da Liberty Media, grupo que controla a F-1, também disse que será criada uma fundação para financiar estágios e aprendizados na categoria. Nas palavras do dirigente, para "dar aos talentos sub-representados a chance de trabalhar neste esporte incrível". Foi a primeira resposta da F-1 após uma cobrança firme de Hamilton. "Alguns de vocês são as maiores estrelas e ainda assim ficam calados no meio da injustiça. Não há sinal de ninguém [protestando] na minha indústria que, é claro, é o esporte dominado por brancos", reclamou o inglês sobre o silêncio dos pilotos após a morte de Floyd. Poucos rivais responderam. O australiano Daniel Ricciardo foi um deles. "Como posso ser tão ingênuo com tudo que está acontecendo?", reconheceu.

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A atuação de Hamilton levou a Mercedes a apresentar uma nova pintura para o carro, na cor preta. Na condição de principal astro do esporte, ele quer despertar mais manifestações no grid. Caso ocorram novas mudanças, elas não serão as únicas nesta temporada peculiar da F-1, que marca o aniversário de 70 anos da categoria. Depois de sucessivos adiamentos por causa da pandemia de Covid-19, a abertura do campeonato ocorrerá oficialmente na sexta-feira (3), quando o GP da Áustria receberá os primeiros treinos livres sete meses após o fim da temporada 2019.


Os portões estarão fechados para o público, assim como ocorrerá nos sete GPs seguintes que já estão marcados, todos na Europa. Haverá restrições no número de pessoas que poderão acessar os autódromos e não será montado o pódio da maneira tradicional para celebrar os resultados. A corrida no autódromo de Spielberg, às 10h10 (de Brasília) de domingo (5), terá transmissão da TV Globo. Será a primeira chance para o hexacampeão começar a diminuir a distância para dois importantes recordes que Schumacher ainda possui: número de vitórias e de pódios.

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Desde a sua estreia na categoria, em 2007, o britânico já subiu 151 vezes ao pódio, 84 delas no lugar mais alto. Em 19 temporadas ao longo de sua carreira, o alemão chegou entre os três primeiros 155 vezes, com 91 vitórias. Com a média do piloto da Mercedes nos últimos anos, não será surpresa vê-lo tomar essas marcas ainda em 2020. Desde 2014, ano em que conquistou seu primeiro título pela equipe alemã, o segundo de sua carreira, ele mantém uma regularidade de 10 vitórias por temporada. No ano passado, quando chegou ao sexto troféu do mundial, venceu 11 vezes.


O desempenho do britânico pela Mercedes, primeiro em parceria com Nico Rosberg e, desde 2017, ao lado de Valtteri Bottas, fizeram a equipe igualar o recorde da Ferrari, com seis títulos de construtores seguidos a partir de 2014 -a escuderia italiana teve a mesma sequência de 1999 a 2004, justamente no auge de Schumacher. Hamilton classificou a temporada 2020 como a mais difícil que a F-1 já conheceu, devido a todas as adaptações que serão necessárias para as provas e pelo fato de o mundo ainda se ver em meio à pandemia.

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Por isso, ele também terá menos corridas para bater as marcas ainda neste ano e um intervalo bem mais curto entre elas. As oito primeiras ocorrerão em dez fins de semana. Ao todo, a temporada terá, na melhor das hipóteses, de 15 a 18 provas. No calendário original, estavam previstas 22. Por enquanto, o GP Brasil ainda não está entre etapas canceladas, mas não há uma data confirmada para o evento. A expectativa é de que ela seja anunciada nas próximas semanas.


GP da Áustria

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Sexta (3)


Treinos livres às 6h e às 10h - transmissão do SporTV e do SporTV 2

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Sábado (4)


Treino de classificação às 10h - transmissão do SporTV


Domingo (5)

Corrida às 10h10 - transmissão da Globo
Provas confirmadas em 2020
Áustria (Spielberg) - 3 a 5 de julho
Áustria (Spielberg) - 10 a 12 de julho
Hungria (Budapeste) - 17 a 19 de julho
Inglaterra (Silverstone) - 31 de julho a 2 de agosto
Inglaterra (Silverstone) - 7 a 9 de agosto
Espanha (Barcelona) - 14 a 16 de agosto
Bélgica (Spa) - 28 a 30 de agosto
Itália (Monza) - 4 a 6 de setembro


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