Pesquisar

Canais

Serviços

Desistiu

Honda anuncia que vai deixar de fornecer motores para a F1

Julianne Cerasoli - Folhapress
02 out 2020 às 10:23
- Reprodução / Instagram
Publicidade
Publicidade

Única fornecedora de motores, além da Mercedes, a vencer na temporada 2020, a Honda anunciou que deixará a Fórmula 1 no final de 2021, quando termina seu atual contrato com a Red Bull e a AlphaTauri.


Os japoneses tinham voltado para o esporte em 2015 e investiram mais de 1 bilhão de reais até aqui. Descontentes com a decisão da categoria de manter as mesmas unidades de potência pelo menos até 2026, a montadora decidiu deixar de investir na F1.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A volta da Honda aconteceu em um contexto complicado em 2015, com a pesquisa para o desenvolvimento da unidade de potência híbrida V6 turbo começando anos depois das rivais, que iniciaram seus estudos na virada da década e passaram a investir pesado quando as regras foram definidas, entre 2012 e 2013. Isso fez com que faltasse potência e também confiabilidade quando o motor estreou, pela McLaren.

Leia mais:

Imagem de destaque
Jovem

Lewis Hamilton brinca e afasta fim de carreira na F1

Imagem de destaque
Entrevista

Bia Haddad fala sobre como engravidar e até menstruar são desafios para mulheres no tênis

Imagem de destaque
Basquete

Evento oficial da NBA entra para calendário de São Paulo

Imagem de destaque
F1

Alonso tem início mais tímido, mas vê Aston se comportando como time grande


Para complicar ainda mais a situação da Honda, somente em 2017 o desenvolvimento das unidades de potência ao longo da temporada foi totalmente liberado. Só a partir daí, e também já colaborando com a Red Bull, equipe mais aberta a ouvir as necessidades dos parceiros do que a McLaren em termos de engenharia, os japoneses puderam ter uma evolução maior, e hoje em dia têm uma unidade de potência no mesmo nível de Mercedes e Renault, ainda que com certa deficiência na recuperação de energia.

Publicidade


No entanto, eles nunca esconderam a decepção em relação às regras acertadas primeiramente para 2021, e que depois passaram para 2022 com o coronavírus. Inicialmente, a F1 queria rever também a unidade de potência, mas depois os fornecedores pressionaram para que esta revisão acontecesse somente em 2025 –agora, em 2026, também devido à pandemia.


Justificando que focará o investimento em outras matrizes energéticas, a Honda decidiu pela saída. "Como a indústria automobilística passa por um período de grande transformação, algo que não ocorre há 100 anos, a Honda decidiu se empenhar para neutralizar sua produção de carbono até 2050. Este objetivo será perseguido como parte das iniciativas ambientais da Honda, que é uma das principais prioridades da Honda como empresa de mobilidade", disse a montadora em comunicado.

Publicidade


"Para isso, a Honda precisa canalizar seus recursos corporativos em pesquisa e desenvolvimento de áreas de unidades de potência e tecnologias de energia do futuro, incluindo tecnologias de veículos de célula de combustível (FCV) e EV de bateria (BEV), que serão o seu núcleo. A Honda alocará seu gerenciamento de energia e de tecnologias de combustível, bem como o conhecimento acumulado por meio das atividades da F1, para esta área de unidades de potência e tecnologias de energia, enquanto se concentra na realização futura da neutralidade de carbono. Por conta disso, a Honda decidiu encerrar sua participação na F1", completou.


Os japoneses tiveram duas passagens na categoria como equipe e estão na terceira como fornecedores de motores. Sua história com a F1 começou ainda nos anos 1960, pouco depois de terem construído seu primeiro carro de rua, no pós-guerra.

Publicidade


A equipe estreou em 1964 e saiu da F1 em 1968, chegando ao quarto lugar entre as equipes e tendo John Surtees como piloto em 1967. Voltou ao comprar a BAR, competindo também como construtora entre 2006 e 2008, quando foi uma das montadoras que deixaram a categoria em decorrência da crise mundial daquele ano.


Curiosamente, a Honda já tinha Ross Brawn como diretor-técnico em 2008. Sabendo que o time tinha usado sua estrutura de dois túneis de vento funcionando 24 horas para fazer um ótimo carro, o engenheiro britânico fez de tudo para salvar a equipe que se tornaria a Brawn GP e seria campeã em 2009. A Brawn depois foi comprada pela Mercedes em 2010, e caminha para a conquista do sétimo título seguido.

Como fornecedora de motores, a Honda teve muitos triunfos nos anos 1980. Eles entraram no esporte em 1983 e saíram em 1992. Sua história de sucesso é intimamente ligada à trajetória de Ayrton Senna na F1. Eles voltariam em 2000, fornecendo motores para a BAR e, depois, em 2015, retomando a parceria com a McLaren.


Publicidade
Publicidade

Continue lendo

Últimas notícias

Publicidade