Em entrevista reveladora à revista 'Marie Claire', a nadadora revelou as dificuldades que enfrenta devido ao abuso sexual sofrido aos nove anos. A atleta ainda deu detalhes de como eram os abusos e enfatizou que o apoio da família foi fundamental para superar o trauma.
"Só não peguei trauma de homem porque meu ex-marido, Rafael, fez com que o sexo se tornasse uma coisa boa para mim. Agradeço muito a ele por isso. Mas, sinceramente, acho que não sou uma mulher sexuada como a maioria das minhas amigas", admitiu.
"Tenho um tesão absurdo pelo Luciano (judoca Luciano Correa), meu namorado, porque ele é o homem mais maravilhoso do mundo. Mas às vezes ele chega animado e eu digo: ‘Lu, hoje não vai dar’. Eu não me forço, já fui muito forçada. Quando eu cresci e comecei a namorar, foi tão difícil...", completou.
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A nadadora pernambucana afirmou que o agressor chegou a obrigá-la a fazer sexo oral certa vez, na casa dele. O agressor, um ex-treinador da atleta, nunca foi preso ou investigado porque, quando ela fez as denúncias, o crime já havia prescrito.
Na entrevista, Joanna Maranhão aproveitou para criticar os dirigentes brasileiros e revelou que seu ciclo olímpico foi custeado em grande parte por sua família. "Tem um monte de gente na natação que compactua com injustiças e, por isso, ganha o apoio da CBDA. Não é o meu caso. Não posso concordar com o presidente de uma Confederação que não tem critério e é capaz de dar R$ 30 mil para um nadador e R$ 2 mil para outro. Sou a única que compra brigas, os outros se calam. Por isso a diferença de incentivos", disparou.
"Minha família e meus amigos gastaram pelo menos R$ 100 mil com meu treinamento para que eu pudesse competir em Londres. Meu padrasto pediu um empréstimo no banco e ainda está pagando por ele. Por isso não aceito e respondi os desaforos que ouvi no Twitter", finalizou.