O desafio de uma categoria e uma dívida de gratidão foram fatores decisivos para Tony Kanaan trocar por alguns momentos os carros de monoposto pelos de turismo. Em férias na Fórmula Indy, o piloto vai disputar as duas últimas etapas da temporada da Stock Car no Brasil. A primeira será neste fim de semana, em Brasília, e a segunda, em dezembro, em Interlagos, prova de encerramento do campeonato.
Tony não esconde que, quando deixar a Indy, a Stock será uma de suas primeiras opções para seguir carreira no automobilismo e por isso é grande seu interesse na nova experiência. Por enquanto, porém, o certo é que vai continuar defendendo a equipe KV na Indy em 2013.
"Penso em voltar para o Brasil mas ainda não é o momento. Tenho algumas coisas pendentes nos Estados Unidos, em especial as 500 Milhas de Indianápolis. Acho que se ganhar no ano que vem a possibilidade de voltar aumenta pois meu filho está morando aqui", explica.
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A estreia na Stock promete ser desafiante e nem mesmo a experiência em circuitos ovais da Indy deve ajudá-lo. "Os ovais da Indy tem provas disputadas no sentido anti-horário e o de Brasília será o contrário", lamenta. Tony conta que nunca pilotou um carro de turismo e, por este motivo, optou por participar de uma prova como "treino" antes de disputar a Prova do Milhão, em Interlagos. O piloto vai competir pela equipe Bassani, ao lado de Luciano Burti.
Outro forte motivo para Tony participar das provas da Stock é o da gratidão para com um de seus patrocinadores da Indy, a Cervejaria Petrópolis. "Eles me ajudaram em um momento muito difícil da carreira". Tony lembra que em 2010 correu sério risco de ficar de fora da temporada da Indy pela saída de um patrocinador na última hora. "As equipes que poderiam me contratar já estavam com outros pilotos então precisava de ajuda para ''comprar'' uma vaga e os donos da cervejaria foram os primeiros a me estender a mão".
O piloto não quer fazer expectativa de resultado para sua estreia no fim de semana. Ao ser lembrado que, Luciano Burti chegou ao pódio em sua primeira prova, ele preferiu ser modesto e não estabelecer meta semelhante. Conta que já pediu algumas impressões do amigo, Rubens Barrichello. "Perguntei: ''Dá para ver alguma coisa?'' e ele respondeu que não", brincou lembrando que nos carros de turismo o campo visual é muito diferente dos carros monoposto.