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Lakers acumulam derrotas e buscam soluções em temporada caótica

Marcos Guedes - Folhapress
31 dez 2021 às 14:11
- Reprodução/Instagram
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LeBron James completou 37 anos nesta quinta-feira (30). Pela primeira vez em sua prolífica carreira, vem de seis partidas seguidas com mais de 30 pontos e mais de 50% nos arremessos de quadra. Mas seu Los Angeles Lakers venceu apenas um desses seis jogos, um sofrido triunfo sobre o lanterna da Conferência Oeste da NBA, e busca soluções em uma temporada caótica.


Quase nada tem saído de acordo com o planejado pela equipe californiana na liga norte-americana de basquete. Seguidas lesões e múltiplas infecções pelo novo coronavírus têm dificultado o estabelecimento de algo parecido com coesão, obstáculos que não vêm sendo superados nem com o longevo brilhantismo de LeBron.

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Na última quarta (29), o ala -que também tem feito as vezes de armador e pivô- anotou 37 pontos, apanhou 13 rebotes e distribuiu 7 assistências. Igualou seu recorde de acertos em tiros de três, com oito bolas de longe na redinha. Ainda assim, os Lakers desperdiçaram uma vantagem de 14 pontos, perdendo por 104 a 99 para o Memphis Grizzlies.

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"Não gosto de ficar falando esta m... toda hora, mas ainda somos um time novo tentando se ajustar", esbravejou o ala-armador Malik Monk, 23, um dos muitos atletas recém-chegados. O elenco foi profundamente reformulado em relação à última temporada, cujos remanescentes são apenas James, o ala-pivô Anthony Davis, 28, e o ala-armador Talen Horton-Tucker, 21.

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Para buscar o controverso armador Russell Westbrook, 33, a diretoria se desfez de peças importantes da rotação, caso do ala-armador Kentavious Caldwell-Pope, 28, e do ala Kyle Kuzma, 26. Em uma decisão que deixou perplexos os torcedores, não renovou o contrato do faz-tudo Alex Caruso, 27, que agora tem impressionado os fãs do Chicago Bulls.


Com James, Davis e Westbrook, a folha salarial ficou cheia no sistema de teto adotado na NBA. Nessa situação, a alternativa é distribuir salários mínimos a veteranos interessados em brigar pelo título. Assim chegaram jogadores experientíssimos, como o armador Rajon Rondo, 35, os alas Carmelo Anthony, 37, e Trevor Ariza, 36, e o pivô Dwight Howard, 36.

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Ao menos cinco dos atletas do elenco têm entrada certa no Hall da Fama do basquete, o que gerou grande expectativa nessa reunião de talentos. Mas a maioria está distante do auge, o grupo é de longe o mais velho da liga, e desde o início se sabia que a junção de LeBron e Westbrook não seria simples, por conflitos no estilo de jogo.


Mesmo em uma temporada próxima da normalidade, os desafios seriam claros, porém a normalidade passa bem longe do campeonato atual. As lesões se acumulam e já tiraram de ação James e Davis, este atualmente fora por ao menos um mês por uma hiperextensão ligamentar no joelho.

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O armador Kendrick Nunn, 26, contratado justamente para ser um dos jovens que infundiriam energia na equipe veterana, ainda nem conseguiu estrear, afastado desde a pré-temporada com problemas no joelho.


Ariza, cujo trabalho na defesa é visto como fundamental, passou por cirurgia no tornozelo e tem o total de um jogo na competição.

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A Covid-19, que tem afetado quase todos os times, também vem sendo cruel com a formação californiana. Dez jogadores chegaram a entrar nos chamados "protocolos de saúde e segurança", ficando afastados dos companheiros. O técnico Frank Vogel está fora pelo mesmo motivo, e o comando está com o auxiliar David Fizdale.


Nessa situação de caos, 20 escalações diferentes foram usadas em 36 partidas até aqui. O elenco da NBA é normalmente limitado a 15 atletas, porém 22 já entraram em quadra pelos Lakers, já que a liga permitiu a assinatura de contratos de dez dias com substitutos daqueles afastados por lesão ou coronavírus.

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Alguns desses substitutos, diante de tantos problemas, tornaram-se peças importantes. O ala Stanley Johnson, 25, foi de desempregado a titular e vem jogando cerca de 30 minutos por partida. O armador Darren Collison, 34, que estava aposentado desde 2019 por motivos religiosos, resolveu voltar e quebrar o galho no banco.


Não era, evidentemente, o cenário imaginado no início do torneio. Apontado como favorito no Oeste, o Los Angeles Lakers acumula até aqui 17 vitórias e 19 derrotas -campanha suficiente, até a noite de quinta (30), para o sétimo lugar na conferência. No hoje mais forte Leste, estaria na décima colocação.

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O cenário é tão atípico que Austin Reaves, 23, que não foi escolhido entre os 60 calouros que entraram na NBA neste ano via "draft" (o sistema de recrutamento de novatos), foi chamado e se tornou uma peça-chave, por sua vitalidade e comprometimento com a defesa. Raridade em um elenco de velhas estrelas que vem marcando muito mal.


A temporada, porém, é longa. Cada equipe disputa 82 partidas na fase de classificação, e a esperança de Frank Vogel é ter seus principais atletas à disposição em algum momento para dar uma cara ao time. Do caos brotaram soluções inesperadas, como Johnson e Reaves, e o treinador tenta ver algo de positivo no que se deu até agora.


"Todos de fora têm expectativas bem altas em relação ao nosso time, e eles deveriam ter mesmo. Mas a realidade é que não jogamos juntos de verdade", afirmou Westbrook, enfastiado com os questionamentos sobre o tempo necessário para que os ajustes sejam feitos e seja possível corresponder às citadas expectativas.


"São as mesmas perguntas depois de todo jogo. E eu estou cansado de dar as mesmas respostas. Perdemos, aí falam: 'E aí, quanto tempo vai levar?'. Não sabemos", resumiu o armador.

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