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Vela

Martine e Kahena honram tradição Grael e Kunze na vela

Agência Estado
29 set 2014 às 13:23

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Martine Grael e Kahena Kunze colocaram a vela brasileira mais uma vez em evidência. Na semana passada, a dupla conquistou o primeiro ouro feminino em Mundiais competindo na classe 49erFX. O título de Santander, na Espanha, coroou uma temporada marcada por conquistas e colocou definitivamente as atletas de 23 anos na história do esporte nacional.

O sobrenome Grael sempre esteve associado a conquistas para a vela brasileira. Além de títulos nacionais, os irmãos Torben e Lars conquistaram medalhas em Olimpíadas e Mundiais. Agora, Martine segue os bons ventos da família Grael ao lado de Kahena Kunze - filha de Cláudio Kunze, também um campeão mundial.

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No último dia 21, o título na classe 49erFX veio na última prova, após duas semanas de mudanças bruscas de vento. Mas nem o lugar mais alto no pódio foi suficiente para a dupla se demonstrar plenamente satisfeita com seu desempenho. "Na vela, quem comete menos erros, ganha. E a gente até que errou bastante", ponderou Kahena. "Se a gente for olhar para trás sempre vai ver algo que tínhamos que ter feito melhor", complementou Martine.

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O título de Santander fechou uma temporada marcada por seis conquistas. Uma delas foi o Aquece Rio. Realizado em agosto, na Baía de Guanabara, o torneio foi o primeiro evento-teste visando os Jogos do Rio/2016. São naquelas mesmas águas turvas que Martina e Kahena treinam durante a semana e é lá que elas sonham com uma medalha olímpica. "A gente olha a Olimpíada de 2016 desde 2009. Quem não quer fazer parte de uma Olimpíada? É o sonho de qualquer esportista", disse Martine.

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O sonho remonta a 2009 porque foi naquele ano que a dupla se uniu para conquistar o Mundial da Juventude, em Búzios (RJ), então pela classe 420. Antes disso, Martine e Kahena eram oponentes. "Nem a dupla dela, nem a minha, poderiam participar. Então decidimos que faríamos aquele campeonato juntas", contou Martine.


Mesmo com a conquista, elas acabaram se separando. Kahena resolveu dar um tempo no esporte para se dedicar aos estudos. A dúvida se continuaria na vela, aliás, vinha de muito tempo. "Sou de São Paulo e comecei numa escolinha na represa (de Guarapiranga) quando eu tinha uns nove anos. Não era uma paixão". Somente após se mudar para o Rio, anos mais tarde, que o gosto pelo esporte se intensificou e "passou a dar um prazer enorme".

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A dupla se uniu definitivamente no final de 2012, quando a classe 49erFX foi oficializada pela Federação Internacional de Vela (ISAF, na sigla em inglês) e confirmada para os Jogos Olímpicos. No ano passado, Martine e Kahena foram vice-campeãs mundiais, vice-campeãs europeias, campeãs do Norte-Americano de vela, campeãs da etapa de Miami da Copa do Mundo e campeãs sul-americanas. Os resultados alçaram a dupla à liderança do ranking mundial da classe em novembro, posição que ocupam até o momento.


RIO/2016 - Martine Grael e Kahena Kunze foram as únicas representantes brasileiras a conquistar um pódio em Santander. Mesmo assim, a dupla considera que o time de vela do País está em um bom momento - a modalidade é uma das principais apostas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nos Jogos de 2016, sendo que a vela olímpica já conquistou 17 pódios ao longo da história.

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"Com certeza a equipe brasileira está numa evolução. Nunca tivemos tantas condições para treinar, o que é muito importante", disse Martine, destacando o apoio da federação local. "Nos deram suporte de equipamento, técnico, preparação. Nisso eu tenho certeza que a equipe está bem direcionada", afirmou Kahena.


O otimismo das velejadoras, porém, contrasta quando o tema é a Baía de Guanabara. "Ainda falta muito na preparação da cidade para a Olimpíada. A qualidade da água não melhorou nem um pouco, a gente vê que os esforços não foram direcionados na direção certa", lamentou Martine.

A dupla considera que as medidas adotadas para o Aquece Rio foram "paliativas", como no uso dos ecobarcos para a retirada de lixo na superfície, e que isso é insuficiente. "O evento-teste em si foi bem bacana, a infraestrutura do lugar estava bem boa, foi bem organizado, os voluntários ajudando, querendo aprender", elogiou Kahena. "Mas a gente visa o futuro. Não queremos uma solução só para 2016".


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