A Mercedes criticou a Red Bull nesta segunda-feira em um tribunal de apelações em que se discute a desclassificação do piloto Daniel Ricciardo do GP da Austrália. A Red Bull argumentou que os comissários de pista não deveriam ter tirado de Ricciardo o segundo lugar na corrida, e os 18 pontos relativos ao resultado, por violar as novas regras de uso de combustível da Fórmula 1.
O advogado de Red Bull, Ali Malek, disse ao tribunal de apelação da FIA que um sensor de combustível utilizado no carro de Ricciardo "obviamente não era confiável", e que a desclassificação foi baseada em uma interpretação "incorreta e falida" das regras da categoria.
Na corrida de 16 de março, na abertura da temporada 2014 da Fórmula 1, os oficiais da FIA determinaram que o carro de Ricciardo excedeu as regras sobre fluxo de combustível, que restringe o uso a um limite de 100 quilogramas por hora em qualquer momento.
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O advogado da Mercedes, Paul Harris, disse no tribunal em Paris que a Red Bull violou "descaradamente" as regras do esporte. Harris acusou a equipe austríaca de ignorar consciente e propositadamente as instruções do comissário da FIA, Fabrice Lom, de reduzir o fluxo de combustível para o motor do carro de Ricciardo. A Mercedes disse que a Red Bull não queria afetar a velocidade do piloto australiano.
Harris indicou que os sensores aprovados pela FIA, que as equipes devem usar para medir seus níveis de consumo de combustível, são submetidos a "um rigoroso processo de testes". Também argumentam que o próprio sistema da Red Bull, que a equipe usou para medir o combustível de Ricciardo, não é "100%" certeiro. "A Red Bull acredita que pode escolher entre as formas de medição", disse Harris.
O advogado da FIA, Jonathan Taylor, afirmou ao tribunal que a "essência" do esporte é que todos os competidores respeitem as mesmas regras. "Uma equipe não pode escolher", disse, durante a avaliação do recurso da Red Bull contra a desclassificação de Ricciardo no GP da Austrália.