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Aos 32 anos

Myke Carvalho quebra o braço, perde 4ª Olimpíada e se aposenta do boxe

Agência Estado
17 fev 2016 às 12:45

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- Reprodução
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O que era para ser um golpe para derrubar o adversário acabou jogando Myke Carvalho na lona. O mais experiente dos boxeadores da seleção brasileira, com três Olimpíadas no currículo, está fora dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Ele quebrou o osso do antebraço da mão esquerda há duas semanas, operou na última terça-feira e deu adeus ao sonho de encerrar a carreira com uma medalha olímpica.

A luta que tirou Myke do Rio-2016 foi contra Martin Larsen, da Noruega, pela primeira rodada do Istvan Bocskai Memorial, na Hungria. Assim que deu o golpe de esquerda, o paraense, destro, sentiu a lesão e soube que estaria fora da Olimpíada. São pelo menos três meses de recuperação e o Torneio Pré-Olímpico vai acontecer em março, na Argentina.

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Bronze no meio-médio-ligeiro (até 64kg) no Pan do Rio, em 2007, e no meio-médio (até 69kg) em Guadalajara, em 2011, Myke havia subido de categoria mais uma vez e fazia campanha olímpica entre os médios (até 75kg). Em 2007 e 2009, ficou a uma vitória de uma medalha no Mundial Amador.

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Ele não foi ao Pan de Toronto porque perdeu na estreia do evento qualificatório, disputado em junho do ano passado. Mesmo assim, confiava que pudesse garantir uma das três vagas que serão distribuídas para a América pelo Pré-Olímpico de Buenos Aires, de 8 a 20 de março.
"E uma pena, mas a vida é assim. Eu estava treinando para isso, para ir em busca de medalha no Rio", diz.


Aos 32 anos, Myke não vai mais calçar luvas para competir. "Para mim já deu o boxe. Vou parar de lutar e trabalhar como treinador. Tenho minha academia em Belém, um projeto que se chama 'Descobrindo Talentos'", conta Myke, que há um ano toca uma ONG que leva seu nome e quer agora dar ajudar na formação de boxeadores na tradicional escola paraense.

Como a Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) trabalha com um formato de seleção permanente com apenas um atleta por categoria, Myke não tinha reserva. Pedro Lima, baiano de 32 anos, ouro no Pan do Rio no meio-médio (até 69kg) foi chamado às pressas e vai lutar em Buenos Aires em busca de uma vaga olímpica.


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