Flagrada em exame antidoping, a velocista Vanda Gomes afirmou que ingeriu substância proibida de forma não intencional ao tomar medicamento por indicação de um médico particular. A atleta foi suspensa provisoriamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Atletismo e pode ser afastada das competições por até dois anos.
De acordo com Vanda, o medicamento foi receitado para tratar hiperestrogenismo, problema de saúde que se caracteriza pelo excesso de hormônio feminino. A substância flagrada no teste positivo, o anastrozol, é um inibidor de aromatase, medicamento criado para o tratamento do câncer de mama. Ele é utilizado por atletas para inibir a transformação do hormônio sexual masculino, a testosterona, na hormônio feminino, o estrogênio.
"Utilizei a medicação a partir de consulta com um médico particular, como forma de prevenção a um possível problema de saúde. Infelizmente não me atentei à substância presente no medicamento e, por isso, não consultei nem informei a equipe do clube a respeito", declarou Vanda, em nota oficial.
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A atleta isentou de responsabilidade o Pinheiros, clube que defende em competições nacionais. "Foi uma decisão particular, pela qual agora irei responder", afirmou a velocista.
Caso seja punida pelo doping, Vanda vai perder os resultados do Troféu Brasil de Atletismo, em outubro. Na ocasião, fez o quarto melhor tempo do País na temporada nos 200m, o que a credenciaria para estar no revezamento 4x100m. Nos 100m, ela é oitava colocada. No ano passado, foi quinta no ranking em ambas as provas, ficando atrás de Ana Cláudia Lemos, Franciela Krasucki, Rosângela Santos e Evelyn dos Santos.