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Nasr descarta GP2 e diz ter 80% de chance de ir para F1

Agência Estado
01 nov 2013 às 17:07

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Às vésperas do fim da temporada da GP2, Felipe Nasr demonstra confiança em obter uma vaga no restrito mundo da Fórmula 1. O piloto, uma das poucas promessas do atual automobilismo brasileiro, acredita que tem 80% de chance de ser titular de uma das 11 equipes da F1 em 2014 e avisa que está encerrando seu ciclo na GP2, considerada a principal categoria de acesso ao campeonato mais badalado do mundo.

"Vamos dizer que minhas chances são de 80%, mas depende muito de quanto os outros pilotos, que já estão lá, vão se mexer", afirma o piloto de 21 anos, em entrevista exclusiva. Para tanto, ele e o seu empresário, Steve Robertson, abriram negociações com diversas equipes, mas sem revelar nomes. "Ele conversou com praticamente todo o mundo", conta Nasr.

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As negociações devem ser afuniladas durante o fim de semana, quando o circo da Fórmula 1 e a GP2 vão se encontrar no circuito de Yas Marina, em Abu Dabi, para as respectivas corridas de cada categoria. "Continuamos conversando com algumas equipes e teremos uma definição melhor após a última prova do ano da GP2, agora em Abu Dabi", revela o brasileiro.

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Na última etapa da GP2, Nasr tem poucas chances de ser campeão. Ocupa o terceiro lugar do campeonato e precisaria de uma improvável combinação de resultados para conquistar o primeiro título na categoria, em sua segunda temporada. Antes mesmo de entrar na pista em Abu Dabi, o brasileiro já admite que o troféu não será seu. "Lutei o tempo todo pelo título e acabei não vencendo por detalhes. Valeu pela quilometragem que tive com os pneus e tudo é uma preparação para o futuro", explica.

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E é justamente por causa do futuro que o brasileiro já descarta permanecer na categoria em 2014. "Acho que o meu ciclo na GP2 está encerrado depois destes dois anos por lá. Aprendi muito em todos os sentidos e tenho que me concentrar agora em seguir em frente", justifica.


Nasr sustenta seu sonho de avançar no mundo do automobilismo no apoio de patrocinadores, como é praxe no atual mundo da Fórmula 1. E diz não se preocupar com o que aconteceu com o compatriota Luiz Razia no início da atual temporada, quando ele chegou a ser anunciado pela Marussia, mas acabou sendo descartado poucos dias depois porque um dos seus patrocinadores não cumpriu com as obrigações acertadas com a equipe, uma das nanicas da F1.

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Para Nasr, a ida frustrada de Razia para a categoria não deve prejudicar a imagem dos brasileiros. "Eu não sei bem da história, mas acho que os patrocinadores que não cumpriram o acordo não eram brasileiros, não", opina o piloto da GP2, que não teme perder apoio ao migrar para a Fórmula 1. "Assim como nós, pilotos, também os patrocinadores querem chegar à F1, acho que sempre vai ter lugar para os dois."


Motivado pela regularidade na GP2, o jovem piloto diz estar "orgulhoso" com a expectativa criada em torno da possibilidade de entrar na Fórmula 1. Nasr, caso confirmado, poderia até ser o único representante brasileiro na categoria, uma vez que o xará Felipe Massa ainda não decidiu seu futuro - ficará sem equipe após o fim do contrato com a Ferrari nesta temporada.

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"Fico muito orgulhoso em receber todo esse apoio e atenção. É uma honra poder representar o Brasil sempre e é isso que quero continuar fazendo. A expectativa, garanto, é muito grande também da minha parte", afirma o piloto de 21 anos.


Na previsão mais pessimista, o Brasil não contaria com pilotos na temporada 2014. Mas esta perspectiva não abala Nasr. Para ele, a falta de mais candidatos brasileiros a ingressar na Fórmula 1 é apenas uma questão cíclica.

"É uma questão de fase. Hoje em dia vivemos a fase dos pilotos alemães, já foi a época dos brasileiros, dos ingleses, dos franceses e dos italianos. Isso é cíclico, uma hora a roda passa pelo Brasil de novo. Acho que falta mais investimento por parte dos patrocinadores nas categorias nacionais de base, assim como no futebol. Se não trabalhar a base, não vai [para a frente]", avalia Nasr.


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