A natação alavancou o Brasil ao segundo lugar no quadro de medalhas, neste domingo (16), no Pan-Americano de Guadalajara. Cesar Cielo levou o ouro nos 100 metros livre. Logo depois, entrou na piscina novamente, para conquistar o ouro no revezamento 4 x 100 metros ao lado de Nicholas Oliveira, Nicholas dos Santos e Bruno Fratus. Felipe França e Felipe Lima fizeram a dobradinha no pódio, conquistando, respectivamente, o ouro e a prata nos 100 metros peito.
O primeiro dia de Pan-Americano de Cesar Cielo saiu melhor do que a encomenda. Além do pódio nos 100 m livre, estabeleceu novo recorde pan-americano, 47s84, superando a marca que ele próprio obteve no Pan do Rio, há quatro anos, 48s79.
Depois ajudou o Brasil a conquistar outro ouro, no revezamento 4x100 metros livre ao lado de Nicholas Oliveira, Nicholas dos Santos e Bruno Fratus também com novo recorde da competição, 3min14s65. A marca anterior também era brasileira e do Pan do Rio, 3min15s90.
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Nos 100m, Cielo estabeleceu a dianteira logo no início da prova. Saiu da piscina exausto, ofegante e reclamando de muitas dores, o que mostrou que ele teve de exigir tudo de si para ganhar o ouro. O cubano Hansen Garcia conquistou o bronze.
Cesar Cielo admitiu que ficou particularmente feliz com a conquista porque conseguiu tal desempenho sob efeito da altitude. "Dá para sonhar mais alto com essa prova", disse o nadador, fazendo uma referência ao fato de que, se a medalha de ouro escapou no Mundial de Xangai este ano, ela pode se tornar realidade na Olimpíada de Londres.
Dobradinha
As outras duas medalhas vieram dos 100 metros peito, uma linda dobradinha brasileira com Felipe França levando o ouro, 1min00s34, e Felipe Lima, 1min00s99. Assim como Cielo, França admitiu que teve de dar tudo de si para conquistar a medalha. "Sabia que o Lima seria um adversário difícil", disse o nadador, que também saiu da piscina sentindo dores. Diz ter ficado feliz com o fato de o Brasil ter saído da prova com uma dobradinha. "Foi um grande resultado para o Lima. Ele merece."
O nadador, que perdeu sete quilos, diz estar feliz com seu desempenho, agora bem mais magro e também porque, no período que sucedeu o Mundial de Xangai, quando foi ouro nos 50 metros peito mas não conseguiu ir adiante nos 100 do mesmo estilo, se dedicou muito mais aos treinos físicos do que às atividades na piscina.
Lima não escondeu uma certa decepção com seu resultado. "Disse depois das eliminatórias que ia nadar para a medalha de ouro, infelizmente não deu." O nadador, no entanto, disse que o Pan é sempre um bom trampolim para novos desafios e o seu próximo é uma vaga na Olimpíada de Londres.