Promovido a técnico da seleção brasileira masculina de handebol em 15 de setembro, depois que Jordi Ribera voltou à Espanha para assumir a equipe nacional do seu país, Washington Nunes pode ficar pouco mais de quatro meses no cargo, apenas. Em entrevista divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), ele revelou que só está garantido no cargo até janeiro.
"Tenho um trabalho pautado até o final do Mundial da França (de 11 a 29 de janeiro). Quando acabar o mês de janeiro de 2017, faremos uma reunião para avaliar se será necessário a contratação de um técnico estrangeiro ou se eu continuo até o final do ciclo olímpico, em 2020", admitiu. No feminino, o técnico segue sendo o dinamarquês Morten Soubak.
Independente do que acontecer na seleção, Nunes vai comandar o Centro Nacional de Desenvolvimento do Handebol, em São Bernardo do Campo (SP). Ao fim da temporada, ele encerra seu ciclo na equipe vizinha de São Caetano do Sul, também no ABC, para se dedicar exclusivamente à CBHb.
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"Poderemos formar técnicos, jogadores, árbitros, ministrar cursos, fazer acampamentos, torneios e temos como alojar quatro seleções, todas trabalhando ao mesmo tempo. Ou seja, vamos disseminar conhecimento. Quero tornar o Centro um local de convivência e que tenha atividades constantes, com as portas abertas para o desenvolvimento da modalidade", prometeu.
Essa é a terceira vez que Nunes assume a seleção masculina, depois de passagens rápidas em 2005 e 2009. De lá para cá, muita coisa mudou. "Antes, nós trabalhávamos com 20 nomes. Se chamássemos dez treinadores diferentes, todos iriam chamar esses mesmos jogadores. Hoje temos uma quantidade muito maior de atletas e com qualidade superior também. Além disso, no passado, os atletas tinham apenas experiência nacional, já esse grupo tem uma vivência na Europa e já passaram por muitos torneios internacionais pelas seleções de base", analisa.