Candidato de oposição à presidência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), David Ward vai apresentar uma queixa à comissão de ética da entidade nesta semana depois de acusar o atual presidente Jean Todt de usar os recursos da federação para a sua campanha de reeleição.
Ward, que recentemente deixou o seu cargo de diretor-geral da Fundação FIA, anunciou no mês passado que enfrentará Todt na eleição de dezembro, em Paris. "Parece que a atual presidência da FIA vem utilizando os recursos da FIA para tentar predeterminar o resultado da eleição, mesmo antes de o processo ter começado", disse Ward em um comunicado publicado no seu site de campanha.
Ward afirma que Todt está usando reuniões da FIA para assegurar votos antes da eleição. "A FIA organiza e paga reuniões em todo o mundo, incluindo discussões sobre como as regiões se beneficiarão com futuras atividades e recursos da FIA", afirma o comunicado. "Verifica-se que, nessas reuniões, uma série de clubes foram convidados a assinar compromissos escritos formais para apoiar a reeleição de Jean Todt, na forma de ''contratos de apoio''".
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Todt assumiu a FIA em 2009, quando sucedeu Max Mosley. E ele confirmou no último fim de semana, durante o GP da Itália, que vai buscar outro mandato. Ward, que propõe alterações na FIA em seu manifesto intitulado "Agenda para a Mudança", acusou seu rival de violar as regras da FIA , pedindo assinaturas antes da votação.
"É vital que os processos eleitorais da FIA sejam conduzidas de forma justa, democráticas e transparentes", disse Ward. "Acredito que exigir assinatura de contratos de apoio nessas circunstâncias representa uma séria violação das regras da FIA, regulamentos e códigos de ética. A denúncia permitirá que a Comissão de Ética possa investigar a legitimidade desses acordos, as circunstâncias em que as assinaturas foram exigidas, e se é um uso adequado dos recursos da FIA que seus dirigentes trabalhem pelas ambições pessoais de reeleição de Todt em reuniões regionais oficiais da FIA".
As propostas de reformas da FIA de Ward incluem a definição um novo conselho de administração e também de um novo conselho fiscal. O britânico, de 56 anos, também sugeriu limitar a permanência na presidência da FIA a dois mandatos.
Ward foi assessor de Max Mosley, ex-presidente da FIA, e anteriormente trabalhou como assessor de John Smith, ex-líder do Partido Trabalhista. Ele também é o secretário-executivo da Comissão Independente para a Segurança Rodoviária Global.