Ele nem usou ainda o restritor de potência e sonha em continuar a utilizar, de preferência, o que tira mais cavalos ainda do motor dos caminhões da Fórmula Truck. Explica-se: pela primeira vez na temporada Paulo Salustiano está entre os três primeiros - é o segundo colocado na classificação geral - e, conforme o regulamento de 2015, será obrigado a usar o aparato que no seu caso, o leva a perder cerca de 50 cavalos no motor do Mercedes-Benz. No entanto, ele sonha em brigar por uma vitória e chegar à liderança, que terá sua quinta etapa no dia 12 de julho, no Autódromo Ayrton Senna, em Goiânia. Se vier a melhorar a posição atual, chegará à liderança - hoje nas mãos de Felipe Giaffone - e terá de usar um restritor que reduzirá ainda mais a força do motor, algo em torno de 70 cavalos.
"Nunca andei com o restritor, mas já tenho noção, pois meu companheiro de equipe (Wellington Cirino) foi um dos primeiros a usar, e aprendemos que temos de trabalhar na parte eletrônica do motor. O restritor diminui a entrada do ar no motor e se mantivermos a normal entrada de óleo diesel, teremos excesso de fumaça e consequentemente, punição. O trabalho tem de ser regular no limite o óleo e com mínima fumaça para perder o mínimo possível de potência", disse Salustiano em entrevista ao site da categoria.
Apesar de demonstrar empolgação com a possibilidade de continuar entre os três primeiros do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, Salustiano reconhece a superioridade dos adversários, principalmente do líder Giaffone, e de seu companheiro Leandro Totti, o atual campeão da mais popular categoria do automobilismo da América do Sul. "Desde o ano passado os caminhões Volkswagen Constellation têm mantido certo domínio devido aos altos investimentos que eles (RM Competições) fazem com a ajuda da fábrica. Nós melhoramos, como provou a minha vitória no Velopark, mas ainda temos muito a crescer principalmente nos quesitos motor e suspensão. Estamos no caminho certo", completou.
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O restritor de potência foi implantado na Fórmula Truck nesta temporada com o objetivo de equilibrar as disputas na pista. Os três primeiros colocados na classificação geral usam de acordo com as posições. O líder tem um restritor de 74 milímetros e perde cerca de 70 cavalos de potência, o segundo colocado um de 76mm e deixa de poder usar algo em torno de 50 HP e o terceiro colocado usa um de 78mm e seu motor não utiliza aproximadamente 30 cavalos. Todos os outros pilotos do grid têm a entrada de ar no turbo com abertura de 80 milímetros.
"Gosto muito de correr em Goiânia, pois a cidade é maravilhosa, o público prestigia demais a gente e isso me dá um prazer e um carinho especiais para andar na pista, que tem uma das melhores estruturas do Brasil. Agora meu caminhão vai sentir, pois o traçado tem retas longas e subidas. Se tudo correr bem quero continuar a usar o restritor em Santa Cruz do Sul, na próxima etapa", brincou Salustiano.