Alvo de críticas ao fim do GP da Espanha, a Pirelli admitiu o excesso de pit stops na corrida espanhola e prometeu mudanças nos pneus para as próximas etapas da Fórmula 1. A fornecedora da categoria acredita que conseguirá promover alterações nos compostos até o GP da Inglaterra, no fim de junho.
A Pirelli recebeu diversas críticas no fim de semana por causa do desgaste excessivo dos pneus, que levaram os pilotos a fazerem até quatro pit stops durante a prova em Barcelona. Foi com este número que Fernando Alonso venceu a corrida. Ao todo, os 22 pilotos realizaram 79 pit stops.
"Nosso objetivo é que cada carro faça entre dois e três pit stops em cada corrida. Está claro que quatro paradas é demais", reconheceu o diretor esportivo da Pirelli, Paul Hembery. "Mas isso só havia acontecido uma vez antes, na Turquia, em nosso primeiro ano na Fórmula 1", destacou.
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Hembery não deu detalhes de quais serão as mudanças efetuadas nos pneus. Mas estipulou como prazo o GP da Inglaterra, em Silverstone, no dia 30 de junho. "Vamos tentar fazer algumas mudanças a tempo de serem efetivadas em Silverstone, com o objetivo de resolver os problemas rapidamente".
A promessa de mudanças acontece justamente após a Pirelli apresentar um novo pneu duro na Espanha, após reclamações de pilotos e equipes. Mesmo assim, os carros sofreram com o rápido desgaste. Alguns dos compostos não duraram 10 voltas na pista.
Uma das equipes mais críticas aos pneus da Pirelli, a Red Bull elevou o tom nesta segunda-feira. Depois de reclamações diretas dos pilotos e do chefe da equipe, Christian Horner, foi a vez do presidente Dietrich Mateschitz atacar os compostos da fornecedora da Fórmula 1.
Para o dirigente, a categoria está deixando de ser uma competição de pilotos para se tornar um duelo para descobrir quem administrar melhor os pneus nas pistas. "Não se trata mais de uma corrida. É apenas uma competição de pneus", criticou Mateschitz, em entrevista ao site Autosport.
"A corrida verdadeira de carros é diferente. Dadas as atuais circunstâncias, nós não conseguimos tirar nem o melhor dos nossos pilotos e nem o melhor dos nossos carros. Não há mais disputas reais entre pilotos nos treinos ou na briga pela pole. Todos estão economizando pneus para a corrida", analisou.
A Red Bull, de Mateschitz, é uma das equipes que mais têm sofrido com o desgaste excessivo dos pneus. O time austríaco ainda não conseguiu apresentar rendimento semelhante ao do ano passado. Mesmo assim, está liderança o Mundial de Pilotos, com Sebastian Vettel, e o Mundial de Construtores.