A Red Bull garante que não se trata de um blefe a declaração de que pretende deixar a Fórmula 1 junto com a Toro Rosso se não tiver condições de ser competitiva e fez um alerta às outras equipes e aos acionistas da principal categoria do automobilismo mundial ao declarar que eles ainda não compreenderam os efeitos que tal decisão pode ter.
"Todos sabem, mas acho que nem todas as pessoas reconhecem o impacto que isso teria", afirmou Helmut Marko, conselheiro da Red Bull, em entrevista ao site oficial da Fórmula 1, garantindo que a intenção é mesmo deixar as pistas se uma solução não for encontrada.
Campeã em quatro temporadas consecutivas, entre 2010 e 2013, a Red Bull virou coadjuvante a partir do ano passado e decidiu encerrar o seu contrato com a Renault para o fornecimento de motores ao término de 2015 em razão da falta de competitividade.
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Diante desse cenário, a equipe passou a procurar um novo fornecedor de motor, mas esbarrou na recusa da Mercedes, que prefere não auxiliar uma equipe concorrente. Com poucas opções, Marko não acredita que fabricantes hoje fora da Fórmula 1, como Audi e Volkswagen, sejam opções viáveis.
"Eu não acho que eles têm um conceito pronto de motor em suas gavetas. Sim, os rumores existem, e, é claro que seria ótimo se um outro fabricante de motores aderisse. Mas agora isso é apenas uma previsão", afirmou.
O consultor, inclusive, evitou fazer uma previsão sobre o futuro da equipe e da parceira Toro Rosso na Fórmula 1, destacando que o dono da Red Bull, Dietrich Mateschitz, vai fechá-la ao término da temporada 2015.
"Eu só posso olhar para o próximo ano: se não tivermos um motor competitivo, não há futuro na Fórmula 1 para a Red Bull. A cortina pode baixar depois de Abu Dabi. Essa é a opinião do senhor Mateschitz. Ele sabe que custa a mesma quantidade de dinheiro correr na frente ou, como estamos fazendo agora, no meio do pelotão, e ele não está disposto a fazer isso por mais uma temporada", comentou.
Após 13 das 19 provas do campeonato, a Red Bull ocupa a quarta colocação no Mundial de Construtores, com 139 pontos, enquanto a Toro Rosso está na sétima posição.