Um dos maiores objetivos da Fórmula Truck é levar o público e se empolgar com as corridas. Nesta temporada em que a categoria completa 20 anos, o regulamento foi modificado pensando justamente neste ponto. Assim, desde a segunda e até a penúltima prova de 2015 os pilotos enfrentam o que eles chamam de fantasma do restritor. Explica-se: para equilibrar mais as disputas, os três primeiros colocados na classificação geral participam de treinos e corridas com um aparato que reduz a potência dos motores dos caminhões.
Posicionado na entrada do turbo, essa espécie de anel diminui a entrada de ar nos propulsores e, consequentemente, reduz a potência. O líder do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, que em Curitiba é Felipe Giaffone (Volkswagen Constellation), sofre, pois usa o restritor com a menor entrada de ar: 74 milímetros, o que a leva a perder algo em torno de 70 cavalos. Giaffone tem 241 pontos na tabela. Paulo Salustiano (Mercedes-Benz) é o vice-líder - 240 pontos - e utiliza uma entrada de ar com 76mm, o que provoca perda de cerca de 50 HP.
Quem, pelo menos em tese, sente menos dificuldade nos 3.695 metros da veloz pista de Curitiba será o terceiro na classificação geral, Leandro Totti, o atual campeão da Fórmula Truck. Ele tem 212 pontos, justamente a mesma quantidade em disputa até o final do ano, usa o restritor de 78 milímetros e deixa de utilizar aproximadamente 30 cavalos do motor do seu Volkswagen Constellation. Todos os outros pilotos, posicionados do quarto lugar em diante, têm uma entrada de ar de 80 milímetros e utilizam toda a potência de cerca de mil HP dos motores.
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O uso do restritor teve início na corrida de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, na segunda prova de 2015, e permanece para os três primeiros colocados na tabela de classificação, que pode variar prova a prova, até a etapa de Cascavel, a penúltima do ano. Na corrida final ninguém usará o restritor.